quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Dois anos!

PARABÉNS, minha querida! É indescritível o que se sente neste dia. Como no ano passado recordo uma sensação nova, que mais o que o dia de aniversário ser um dia de felicidade pelo outro, é um dia que me enche o peito de ar, me insufla como um balão e me apetece dizer a todos que hoje fazes Dois Anos! 

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Natal IV - Pai Natal

Os desenhos animados já há tempo que foram invadidos pelo Pai Natal e companhia. É claro que a Rosarinho rapidamente passou a adorar a figura gordita, de barbas compridas e fato encarnado. Mas hoje houve um encontro imediato com um Pai Natal e lembrei-me de histórias de crianças que com esta idade acabam por ter medo da figura mascarada por mais que gostem dos desenhos. É que ela achou graça mesmo ao Pai Natal, e eu fiquei a pensar que é mesmo preciso ser uma criança com confiança, sem medos ainda e que olha o mundo, assim, com este ar arregalado, uma curiosidade inata, e se ri, porque só vê no que a rodeia motivos para sorrir. Quem dera sejas sempre assim!

Natal III - Jesus

Desde as mudanças que não sei onde pára o nosso presépio! Tenho ainda esperança de o encontrar porque o LM diz lembrar-se de o ver durante a mudança... Ainda assim, embora ainda não esteja o presépio na sala mas sim em parte incerta, a Rosarinho tem um no quarto dela, pequenino, que lhe ofereceu a Tia N. ainda no ano passado. São três figurinhas de cerâmica, muito amorosas, com um ar redondo, de criança, que eu adoro. Resolvi pô-lo na cómoda do quarto da Rosarinho e ainda que com receio que fossem alvo de brincadeiras como os bebés que por lá andam, fiz a apresentação das figuras. Expliquei que havia um bebé, Jesus, e a mãe, Maria, e o pai José. Logo foi repetindo, "a Maía, o Jojé, o Jujus".  Que tinha que ter cuidado e brincar devagarinho. E lá vai brincando... De vez em quando pede para tirar o presépio e sempre penso que vai ser desta que se parte ou lasca ou qualquer coisa, mas até à data sobrevive, e lá vai dizendo o "Jujus, a Maía, o Jojé".

Natal II -a àrvore

Montar a árvore de Natal com a Rosarinho foi, para mim, uma surpresa. Estava à espera de um grande entusiasmo com as caixas de enfeites, a própria àrvore, as luzes. E que com esse entusiasmo fosse criar-se uma grande confusão, espalharem-se as bolas e os outros enfeites por todo o lado, etc. Para meu espanto, não obstante a excitação de ver sair do caixotes tanta cor e brilhos novos foi concentradíssima que acompanhou e ajudou no processo. E digo ajudou porque quem colocou as "bólhinhas" na árvore foi a mesmo a Rosarinho, com imenso cuidado e delicadeza. E depois retirou todas e "redecorou". E voltou a tirar, e a colocá-las todas num só lado, todas juntas, bem agrupadas. E então redecorei eu. E durante uns dias andámos nisto!...   

Natal I

Já é Natal cá em casa há três semanas. Quando eu era pequena, o 8 de Dezembro era o dia de fazer  árvore lá em casa. Lembro-me de andar sempre ansiosa, de achar que já era tão tarde para finalmente enfeitar em casa mas valia a pena e tínhamos um ritual que ainda hoje consigo reviver só de lembrar. É o dia de Imaculada Conceição e tínhamos sempre uma missa a que íamos no colégio onde eu andava, e a meio da tarde, quando regressávamos a casa, era tempo de montar a árvore, ir buscar os enfeites aos caixotes, fazer o presépio.Em geral dávamos "cor" ao evento, e fazíamos todos os preparativos de Natal ao som de música da época, algum Jazz e os sempre Bee Gees do meu pai. Havia bolo ou algum assado para jantar porque me lembro sempre da cozinha quente e a cheirar bem.  
Com a minha família, agora, achei que manteria o dia de Imaculada Conceição com a mesma tradição, mas não fui capaz de resistir ao apelo do Natal com uma filha pequena!
E valeu a pena! 

terça-feira, 22 de novembro de 2011

23 meses

Ultimamente noto que as birras aumentam. São, sem dúvida, os dois anos a chegar. . Convencê-la a fazer o que não quer é mais difícil, já não se deixa distrair com tanta facilidade. Porque não quer tomar o remédio, porque não quer trocar a fralda, porque não quer largar Os patinhos, ou o Mickey para ir tomar banho, ou porque não quer sair do banho. Não quer as batatas, quer ir para o chão, não quer ir para a cama...

Dito assim parece muito, mas, ainda assim, continuo a não poder dizer que a Rosarinho seja minimamente birrenta. Felizmente, não são todas as birras ao mesmo tempo. Acho que do elenco escolhe umas duas birrinhas por dia.

Perto do segundo aniversário, continua uma menina doce, sempre bem disposta, muito ternurenta e cada vez mais feminina. São as brincadeiras com o "bebés", as papas, faz camas, encontra cantinhos e casas em todo o lado. Adora desenhar e já conhece as cores: o azul, o amarelo, o rosa, o verde, o azul, encarnado e roxo. Adora as letras que vê nas histórias, mas chama a todas "dois". Dá beijinhos e abraços, e quando gosta de uma comida, sorri, franzindo completamente os olhos e diz "é booommm". É gulosa, mas nunca experimentou um rebuçado. Chama "tina" à gelatina e pede pão sempre que chega a casa. Adora "ler" histórias na cama às bonecas.

Corre pela casa e noto uma desenvoltura motora muito grande que adquiriu nos ultimos dois meses.

E há dois dias que tenta cantar!... De frente para a televisão, tenta repetir os jingles dos anúncios, muito baixinho, ensaiando a voz ao estilo cantora de ópera, vai repetindo "ah-AH-AHHHH..."! A sério, ainda tenho que filmar!... ahahah!

De volta à escola

Depois da consulta com a pediatra no sábado, a Rosarinho está de volta ao infantário. Na verdade, percebi que já tinha saudade. Desde quinta ou sexta-feira que se lembrava dos amigos e das educadoras, dizendo os nomes, um pouco sem propósito, "vanexa-pêdo-mateo-maiana"... Na verdade, ao contrário do que temi, voltar à rotina depois de uma semana em casa não custou muito, não houve muito choro à saída de casa deixando-me para trás. Só um choro pequenino e uma cabeça virada para trás, um "mãe" prolongado, mais para marcar posição que outra coisa! Fico contente, fico mesmo contente!

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Adoooora chapéus!

Já durante o Verão notámos que não tínhamos qualquer episódio típico no que respeita a usar chapéus. Acho que ter um chapéu, colocá-lo, usá-lo, sempre ficou associado a algo bom. É sempre sinal de passeio, seja praia, seja campo, seja uma volta pelo bairro.
Na verdade, chega a ser a Rosarinho a reclamar o chapéu, quando estamos quase de saída, a pegar em malas, chaves, e afins. 
O "apéu" é assim um acessório indispensável.
Em casa da Avó Maria, que os tem em várias versões e de várias épocas até, são sempre propósito a uma enorme brincadeira entre o tira-e-põe à avó e a si própria.
No meio destes dias em que estamos as duas por nossa conta, para aproveitar ao máximo, acabo por encontrar algum pretexto para sairmos um pouquinho de manhã, e depois do almoço e da sesta voltarmos a sair mais um pouco. Esta manhã, porque o tempo já não era muito e precisava de despachar dois presentes resolvi darmos um salto ao Colombo. Acabei por entrar numa loja com utensílios vário de cozinha e enquanto me distraía a ver qualquer coisa que já nem lembro, oiço umas gargalhadas. Volto a cabeça e dois empregados da loja riam a bom rir. Quando olho para a Rosarinho tinha tirado uma forma de bolo azul de silicone, posto na cabeça e ria divertida a dizer "apéu!, apéu!".
Não consegui tirar-lhe a forma da mão, não consegui convencê-la de que não era um chapéu e nem conto o que foi, nem o que m ri, ao travessar todo o corredor do Colombo a empurrar a bengala onde ela ia sentada, a por o novo chapéu na cabeça!

Chucha? Não.

Nas últimas noites reparei que, sempre que ia vê-la antes de me deitar, a chucha estava sempre no chão, no mesmo sítio ao lado da cama. Estranhei, mas não questionei, que a chucha ali caísse já que a cama de grades tem daquelas protecções almofadadas que até é alta, e mesmo por baixo parecia-me muito difícil que saísse assim só por cair... A solução desvendou-se há uns dias quando, ao ir deitar a Rosarinho, depois daquele nosso ritual (o beijinho, a chucha, apagar a luz, o encostar da cabeça no meu ombro e o rebolar para a cama e aconchegar os lençóis) noto que, mal virei as costas, ela se levanta e atira a chucha por cima da grade da cama. Ok, é então obra da própria Rosarinho!
Pensei que mais tarde fosse chorar por sentir a falta da chucha, mas tal não aconteceu, embora lá para a 1h da manhã eu lá tenha ido por aquele conforto ao lado da mãozinha, just in case... 
Mas há duas noites que a história melhorou. Não só ao deitar, mal está prestes a rebolar para a cama, me devolve a chucha e diz "não.", como a deitamos sem ela, tapamos com o edredon e a Rosarinho nos devolve as despedidas de boa noite dizendo adeus, com as duas mãos, e mandar beijinhos, também com as duas mãos! Uma para o pai e outra pra a mãe, certamente!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Diagnóstico.

E hoje lá fomos para o Hospital. Depois de começar o dia com dois grandes cocós, daqueles péssimos (vou poupar a descrição) e de nos termos assustado com algum sangue nas fezes, lá fomos de rebolão. Pai, mãe e Zarico.
Felizmente que nos encontrámos com a pediatra pouco depois de chegar às urgências e fomos atendidas logo, fora do esquema e tudo, que a pediatra nem devia andar por ali... O resultado é simples, aparentemente é tudo ainda uma decorrência da gastroentrite de há umas semanas, o intestino ficou intolerante à lactose o que demora, de facto, bastante tempo a recuperar. Ainda assim, e para não deixar de fora a hipótese de ser um novo vírus, já que também a tosse voltou e isto de andar em infantários é mesmo assim (n.b. a pediatra da Zarico chama à declaração de que a criança pode andar no infantário a "licença para infectar", o que mostra não só o seu humor mas o quanto adora infantários), com o objectivo de ver se é desta que nos livramos do vírus, toca de ficar quatro dias sem infantário e radicalizar a dieta: sopa de cenoura (só cenoura!), arroz, activias, leite sem lactose e bananas ou maçã cozida. Ponto. Mais nada por uns dias e sábado lá voltamos para fazer o ponto da situação.
E agora, dar corda à imaginação e aproveitar para uns dias bem passados, só nós as duas!      

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Here we go again...

Depois da gastroentrite há cerca de três semanas, a verdade é que a Rosarinho não chegou a ficar completamente bem, mesmo após ter completado o tratamento.
Assim, e porque voltara a piorar acabámos por, há uma semana, voltar ao hospital. 
Diagnóstico: ou mais uma virose, embora desta sem febre, ou intestino mal habituado não conseguindo voltar a reter os nutrientes como devia. Novo tratamento de leite sem lactose, gotas de bifídus (biogaia), dieta e iogurtes activia. Passado três dias lá melhorou um pouco, mas há já dois, voltou a piorar. Não há febres até agora, mas há mais "cocós".
Já foi o mail para a pediatra, amanhã espero resposta. Pelos meus cálculos, 4a lá vamos para o Hospital outra vez... Mas é que não estou mesmo a achar piada!.... 

De regresso a casa

Adoroooo quando a vou buscar ao infantário e vem ter comigo a correr e a dizer "mãeeeeeiiiiiiii"!
Sai do canto dos legos com muito cuidado para não pisar em nenhum brinquedo, com muito jeitinho, delicada, muito menina e, quando em terreno livre, corre para mim de braços esticados.
Hoje, mal se viu ao meu colo, agarrada ao meu pescoço a fazer o seu sorriso de charme, ditou logo: "Caja! Deu, Vanexa..." ou seja, "Casa! Adeus, Vanessa! (a auxiliar da sala dela)". Foi a primeira vez qu ouvi a Rosarinho dizer o nome dela.

Mas agora o melhor das palavras é começarem a construir frases. E hoje, no carro, a caminho de casa, no meio da conversa solta que faz e que pouco se percebe, assim como das perguntas habituais ("que é ito? que é ête?"), "mãeeii... pêo. O pêo. O pêo ateu." O Pedro bateu? a quem? pergunto, e estava já a olhar para ela de alto a baixo à procura mazelas... "Miana. Vanexa, catigo".
Ok, na minha tradução (tradução livre, é certo), o Pedro bateu à Mariana e a Vanessa pôs de castigo. Fico mais descansada. Até porque da ultima vez que ouvi falar em castigo, foi a Rosarinho a ficar na mesa do "castigo" por ter atirado com um lego na cabeça de outro. Se calhar, do Pedro...

domingo, 13 de novembro de 2011

Passeios de Outono

Ganhámos um novo ritual de fim de semana. O de tomar o pequeno almoço, ou o lanche, se aquele nos escapa, na Padaria Portuguesa, agora que descobrimos uma perto de nossa casa.
E depois de se sentar numa cadeira dos "crescidos", comer pão, qualquer um, desde que com "fiambe", aquele passeio pela João XXI abaixo, a pé, de mão dada com o pai, parando nas montras e apanhando folhas de Outono que já enchem o chão.
Ontem já era noite e a imagem dos dois ao fundo da rua ficou na minha memória...

Horas esquecidas

Dorme agora a sesta sossegada. É uma hora calma para mim também, que se prolonga quase sempre por umas três horas em que aparoveito para reorganizar o que se deixou para trás na manhã que passou, no dia anterior ou duante a semana.
Há muito que me vou lembrando que "abandonei o blogue" e o último post é ainda de Setembro... Fico sempre com uma sensação de perda, de que deixei algo (muito) por registar. E todos os dias tenho a certeza que sim, num ritual tão simples como o de falar ao telefone com a minha mãe. No meio das nossas conversas, sempre há o espaço das últimas das Rosarinho. Pusesse-as eu aqui e não as deixaria "esquecidas".
Vou tentar, num acto tão simple como uma espécie de transcrição dessa parte da nossa conversa...

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Coisas de Pai

É dar o banho e no fim, todos os dias, dar-se ao trabalho de, encher um copo, e em vez do duche, como eu, tirar-lhe o champô do cabelo...

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Abó!

Esta manhã, no meio das pressas de sair de casa, entre acabar de vestir a Rosarinho (o que cada vez mais é uma tarefa que se faz às prestações dadas as fugas à roupa pela casa toda) preparar o almoço para o infantário, deixar a casa com um mínimo de arrumação, veio ter comigo com o meu telemóvel na mão a repetir: "abó, abó, abó".

Sim, respondi, queres falar com avó, não é? Mais logo ligamos, mais logo... Prossegui a minha senda, apanhei uns brinquedos, desliguei a tv, fechei janelas e agarrei sacos e a mochila e saímos, finalmente, de casa.

À hora de almoço ligou-me o pai: "Olha, a tua mãe ligou-me para saber se estava tudo bem, parece que lhe ligaste mas que não se ouvia nada, só a tua voz e a da Rosarinho ao longe...!"

É certo. Não sei bem como, mas o que é um facto, é que ligou mesmo à avó e de manhã trouxe o telefone para me avisar do feito! Eu é que nem reparei!...

"Êtão??" episódio 2

"Êtão??" continua a palavra de ordem cá por casa. Desde que aprendeu e que viu que pai e mãe não resistem a chorar de rir com a expressão sempre dita com indignação e um encolher de ombros muito cómico é ouvir o mesmo "êtão??" cada vez que a televisão não acende tão rápido como pretende, quando a comida não chega à mesa tão depressa como queria ou quando alguma brinquedo não funciona como era suposto.

Hoje de manhã no trânsito, a caminho do infantário, paradas há mais tempo do que devíamos: "Êtão?!"

Então??

No meio de tantas palavras novas por dia (é só ouvi-la repetir o que dizemos), há que eleger a palavra da semana. E sem dúvida que essa será "Êtão??".

Dito assim mesmo, de modo interrogativo e indignado. Foi ver a Rosarinho chegar na 2ªf, vinda do infantário, na rotina habitual, e entrando em casa, dirigir-se à sala direitinha à televisão, carregar no botão on, virar costas, trepar o sofá, sentar-se muito direita com uma almofada nas costas, de frente para o ecrã e... "Êtão??" Pois é, filhota, a televisão estava mesmo desligada na ficha!

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Mais palavras

"Pati" - ou Os Patinhos, o novo sucesso musical lá em casa. Ouvido em loop...

"Carru" - Carro, e quanto maior é o veículo maior a entoação no u. Passa um autocarro: "carruuuuuuu"! E quando vem da escola, vira pópó. Más influências! :)

"Cão" "Mão" "Pão" - de um dia para o outro soltou-se este ditongo. Antes era impossível de pronunciar, nem passava perto :)

"Papo" -Sapo. Animal preferido que aparece frequentemente, seja na música Eu vi um sapo, ou no prato e babete da Rosarinho.

"Bólha" - Bola.

"Caco" - Macaco, outro animal predilecto que em regra tem direito a gargalhada quando aparece, seja em desenho animado ou versão real do National Geographic.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

E o pato pitó cantou

Antes do banho, na já tradicional ida ao pitó: "já tá"! Levantou-se e eu que não estava a acreditar naquele "já tá", preparava-me para o discurso habitual, "Oh, não há, fica para a próxima", etc, quando de repente o pato cantou (o pitó da Rosarinho é um pato que toca e canta quando se faz um xixizinho)! E lá no fundo, bem no fundo estavam três gotinhas de xi-xi. Lindas que só elas! :) Foi o primeiro xi-xi em casa!

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Episódios de Férias #1 - A piscina

Férias são férias, e durante três semanas nem no computador toquei. Três semanas em família, em que estivemos sempre os três juntos são um privilégio nestes dias em que é cada vez mais difícil conciliar a vida e a dinâmica de todos.


Por outro lado sabe bem regressar à rotina. Gosto do Setembro como um início de ano, talvez uma reminiscência dos anos lectivos que marcavam mesmo uma transição. Sabe-me bem encontrar de novo a nossa casa, reajustá-la a nós, fazer uns ajustes de decoração ou funcionalidades que há tempo andam para ser feitos.


Mas na memória andam ainda as férias, e há sempre episódios novos quando se passa tanto tempo, todo o tempo, com uma criança pequena.


O primeiro episódio a destacar é óbvio tal foi a paixão: a piscina!


Acho que podemos dizer que das três semanas, duas foram dentro de água! Equipada com duas braçadeiras cor-de-rosa estar dentro da piscina era um verdadeiro vício. Das dez da manhã às cinco da tarde, com intervalo para almoço e sesta, a rotina era por o fato de banho, as braçadeiras, pegar no balde e todas as formas e pás que lhe pertencem e... zás, dentro de água. Sair, só quando já tremia ou os dedos começavam a ficar (demasiado) enrugados. Dez minutos fora de água, embrulhada na toalha a aquecer ao sol e recomeçávamos a rotina!


E soube sempre tão bem vê-a na piscina, com água pelo peito, a andar de uma ponta à outra e com os baldes e afins a fazer papa para os bonecos!


A segunda piscina das férias já tinha mais profundidade. Na verdade a água dava quase pelo queixo... A melhor solução que descobriu foi ficar nos degraus que eram na verdade bem largos e para as brincadeiras chegavam bem. De novo as braçadeiras, os brinquedos, a havaiana no pé para não escorregar.


Uma tarde tivemos uns amigos connosco, com dois filhos, de dez e três anos. A piscina dos pequenos foi o palco das brincadeiras, claro, e foi engraçado ver como tantas vezes a motivação se faz pelo exemplo: a filha desses amigos, com três anos, tem já um outro à-vontade dentro de água e estava "como peixe". A Rosarinho adorou vê-la de um lado para o outro e aos poucos andava já como ela pela piscina. Percebeu que conseguia andar também dentro de água e alguns pirolitos não lhe tiraram a coragem...


Mas a paixão chegou a seguir quando descobriu a piscina "dos grandes". A Rosarinho sempre se mostrou muito observadora e adora ficar a ver o que os outros fazem. Descobrir uma piscina maior, com mais crianças, mais crescidas, com brinquedos novos foi todo um mundo novo. Depois disso bem a tentámos manter na piscina pequena, mas, depois do primeiro mergulho, pelo seu pé, saía, atravessava a relva, dizia-nos adeus e de rabo alçado, rabo de fraldas num fato-de-banho de favos, seguia para a outra piscina, descendo os degraus como se nada fosse! Ficava a ver as brincadeiras de outros míudos, queria sempre ir atrás das bolas, altura que o nosso colo era um óptimo meio de transporte para onde já não tinha pé. Dizia "qué!" e apontava com o dedo para todos os brinquedos.


Mas é uma criança muito doce. Saía da piscina sempre que era preciso, vinha para casa ou trocava os fatos-de-banho sem problemas. Aprendeu logo à primeira explicação que não se entrava na água sem as bóias e sentava-se calmamente na toalha dela à espera que as colocássemos. Brincou connosco na relva e comeu bolachas e uvas (muitas uvas) à beira da piscina. Caía de sono no fim do dia.


Já estou com saudades!...

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Qué ito?

Os dias passam cheios destas pequenas frases: qué ito? qué ête? qué ito? qué ête?... Para já chegam-lhe as nossas respostas. Um cavalo. A mesa. O pátio. A porta. Um copo. Mas pelo exemplo, nem quero imaginar a idade dos porquês!...

segunda-feira, 18 de julho de 2011

"Ao menino e ao borracho, Deus põe a mão por baixo"

Acho que ainda estou a abanar do susto de ontem... Coisa parva, ou talvez não, que me deixou com os nervos à flor da pele.

A coisa parva é simples: um candeeiro de pé, daqueles que não tem mal nenhum, levezinho com uma lâmpada pequena, tipo escritório fashion e minimal. A minha pintaínha resolve abanar o dito candeeiro, mas até com uma força pouca, que nem lhe testou a resistência. E eu, que até me acho precavida, tiro a pequena do pé do candeeiro, entre o início de choro e lágrimas de quem acaba com a brincadeira, e nisto, no exacto momento, cai mesmo ao lado do pé dela, o vidro que protege (protege?) a lâmpada.
Assustei-me com a idéia de um vidro lhe cair, assim do nada, em cima, mas quando fui pegar nele é que me assustei a sério. Fervia! Mas fervia à séria, que até ficou colado ao chão...

Fui -la na cama, acabando com a birrinha gerada no entretanto e quando me sentei no sofá, fiquei em choque, a tremer, de pensar como uma coisa parva, que surge sem pré-aviso, podia transformar as nossas vidas se lhe tivesse mesmo caído mesmo em cima!... O incontrolável, imponderável, dá cabo de mim!
Mas a primeira coisa que pensei mesmo foi que um anjo da guarda me fez tirá-la dali naquele exacto segundo... E sinto que lhe devo a vida...

segunda-feira, 4 de julho de 2011

"Pai?"

É notório que as palavras começam a ser úteis cá por casa.


O ritual de dormir cá em casa não é, em regra, nada difícil e é recheado de mimo. Depois do banho e do jantar, há um pouco de brincadeira connosco, mas o tempo passa rápido e o sono chega cedo, e por volta das 20h30, 21h, é a Rosarinho que começa a dar sinal de que são horas de ir para a cama. Ou uma birrinha se começa a fazer notar, ou é mesmo a Bolinha que põe a chucha na boca e nos diz adeus, puxa pela nossa mão e caminha para o quarto.


Vamos então os três para o quarto, fecham-se os estores, diz-se adeus ao gato preto que está sempre nas traseiras, uma musica que vamos cantarolando e a luz quebrada do candeeiro do quarto. Um beijo à Mãe, um beijo ao Pai, abraços pequeninos, e deitamo-la na cama, com a fraldinha junto à cara e um peluche a acompanhar. Pouco demora para um sono profundo.


Hoje, o Pai não estava à hora de dormir. Às 20h30 a Rosarinho quis ir para a cama e lá fomos as duas de mão dada para o quarto. Mas a meio caminho: "Pai?,....Pai?" E foi um misto no meu coração, de orgulho e pena por o Pai não estar... Acho que nem lhe conto, antes de chegar!...

Mãe e Pai

Hoje. 7h da manhã. Sono profundo cá em casa. E de repente: "Mamããããã!" Ai, o que eu pulei de contente! :)

E eu lá quis saber se era Mãe ou Mamã! Era comigo, era chamar-me e eu adorei!

domingo, 3 de julho de 2011

A flor e a alga

Esta semana foi a festa de final de ano do infantário da Rosarinho. Lá fomos, dois pais e a avó M.



O auditório onde foi o espectáculo estava sem ar condicionado num dos dias de grande calor do ano, cheio de pais, mães, avós e afins, babados para ver os pequenos artistas. Na terceira ou quarta peça lá vejo ao canto do palco uma peque,na flor com uma enorme coroa de pétalas cor de rosa brilhantes na cabeça, sentada entre mais duas flores. Olhava para todos as outras crianças no palco que cantavam e tentavam dançar ao mesmo ritmo com um ar desconfiado e curioso. No fim, lá lhes bateu palmas...


A alga foi num outro quadro. O tema era o mar e as educadoras agitavam duas largas e compridas faixas de um tecido ou papel azul e brilhante, simulando ondas, e os pequenos ficavam de baixo destas, vestidos de vida marinha, peixes variados e, claro, algas. A nossa alga cor de laranja resolveu que estava melhor de costas para o palco a ver o que os outros faziam. De pé, meia de costas para nós, continuava com ar de quem acha que todos endoideceram... Mas, enfim, quando todos de repente se deitaram o chão a fingir dormir, a educadora dá um toque discreto à Rosarinho que se mantinha de pé, e, muito compenetrada, deitou-se rapidamente, sossegada, fingindo dormir. Quando todos se levantaram, levantou-se e seguiu os outros, mostrando a lição bem estudada!

Não há dúvida, esta segunda actuação da Rosarinho, demonstra já as grandes qualidades artísticas que aí vêm! Pai, mãe e uma avó, como testemunhas insuspeitas!

Dicionário precisa-se...

Ao sábado, dorme o pai até mais tarde. Ao domingo, é o dia da desforra de mãe, e durmo eu até mais tarde. Encontrámos este esquema já há bastante tempo, pois a Rosarinho, ao sábado, domingo ou segunda, acorda invariavelmente à mesma hora, geralmente entre as 7h e as7h30. Assim, garantimos sempre um ao outro um dia de maior descanso.


Mas é normal que ao domingo a Rosarinho lembrar-se de me ir acordar batendo à porta do nosso quarto. Bate na porta e chama num meio choro. Acabo por me levantar e o dia prossegue.


Hoje foi fazê-lo também. E chamava do outro lado: "Pokiiii? Pokiiiiiiii? Poki?! Pokiiiiii?"


Poki? Depois de uma semana inteira a treinar "mamã"? Está certo.


Nisto das plavras manda ela! É justo!

terça-feira, 21 de junho de 2011

18 meses!

São dezoito meses! Um ano e meio! Que crescida, Rosarinho...




E vemos dia a dia esse crescimento. Está mesmo a ficar mais "menina", vai ficando pelo caminho o bebé, a bolinha. Fisicamente, notamos quase todas as semanas porque cada vez protegemos mais a cabeça de andar a dar pancadas em mesas, bancadas e afins onde ainda há pouco não chegava... Por outro lado as mazelas são menores, cai menos, anda com imensa desenvoltura, corre por toda a casa, jardim ou passeio livre. Dança, "canta" e ri.




Ri muito! Gargalha e está sempre bem disposta! Raramente temos uma birra. Um choro, um querer mais veemente rapidamente é ultrapassado com uma outra distracção. Acho mesmo que não gosta de se zangar! Quando há uma birra, acabamos, nós pais, a rir, porque, dada a raridade, vê-la vermelha, sem respirar, a lágrima a começar a rolar, chega a ser cómico...


E ri connosco, ri dos desenhos animados, ri porque ouve rir.




Grita pelo "cá-cá", que é, de longe, há tempo, o animal preferido, sempre que os vê nos livros, na televisão ou num qualquer cartaz na rua.




Senta-se no penico, a quem já chama pitó, mas só para batermos palminhas. Qualquer outra ocorrência é mera coincidência :)




Não diz mãe nem pai, mas fica no infantário ao colo da educadora e diz-nos adeus à janela. Faz um "ah!" de alegria e surpresa quando a vamos buscar no fim do dia.




Adora os gelados que comemos aos fins de tarde na esplanada e prefere os de fruta. Come com a sua própria colher, mas oferece-nos sempre um bocadinho.




Dorme bem, come bem, e descobriu que cadeira da papa também é óptima para ficar sentada a fazer rabiscos num papel...




Chora cada vez que as avós vão embora, porque não quer largar ninguém... Dá beijos e abraços apertadinhos, tira os sapatos todos dos pés e quer calçá-los todos ao mesmo tempo. Mas já tem as suas preferências... Rouba as minhas malas, pulseiras e lenços e passeia-se, vaidosa, rodando os ombros em frente ao espelho. Tira as chaves ao pai e quer abrir as portas todas.




Diz adeus para ir dormir, aponta com o dedo para cima, como quando o quarto dela era no primeiro andar, e, ao deitá-la, roda sobre si própria, fica de rabiosque espetado a dormir como um coelhinho...




É esta a "menina" que a Bolinha é aos dezoito meses! Só resta mesmo dizer, a rebentar de orgulho: Parabéns, filha!


terça-feira, 14 de junho de 2011

Eu gosto é do Verão...

Com o Verão tudo melhora. Começa por melhorar o tempo, o que melhora a boa dispsição. Melhoram as roupas, melhora o ar esbranquiçado de inverno cinzento. E se isto é certo, certo é que com crianças melhora ainda mais!


Os fins de tarde são agora ideais para um passeio de carrinho, para um gelado na Conchanata e uma comprinha de última hora para o jantar que pode esperar mais um pouco que normal.


A Rosarinho brinca mais na banheira, porque a água já não arrefece tão rápido e depressa se veste um pijama leve para a noite.


Os fins de semana são mais longos e preenchidos, cheios de novas experiências e descobertas. As flores na rua, ou os cães que passam, corridas na relva que é fofa, o fascínio de ver o voo das andorinhas antes do sol se pôr.


É melhor e é imenso.


Dia 21, fazes um ano e meio, Rosarinho, e é solstício de Verão. Vamos comemorar em grande!

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Rosarinho e o pitó.

Notícia do dia: a Rosarinho já fez xi-xi no pitó do infantário!




Há cerca de um mês que combinei com a educadora D. começarem a sentá-la no penico na hora de mudar a fralda. Ela ainda é muito pequenina, é certo, ainda nem tem um ano e meio, mas como por algumas vezes, poucas, é certo, a fralda da noite já não vinha molhada, achei que talvez fosse boa ideia. Vem aí o Verão, a altura é propícia a experiências desta ordem!




Além disso, na sala da Rosarinho ela é a mais nova. Todos têm já os dois anos, ou estão quase a fazer os dois anos. Estão, por isso, todos na aprendizagem do bacio ou, em fase muito mais importante, do bacio para a sanita. Porque o exemplo vem de cima, combinei então com a D. experimentar o bacio (vulgo, pitó, na gíria lá de casa!).




Bem que eu andava desconfiada de alguma evolução... Nos últimos dois dias, a Rosarinho andava desesperada com a fralda e por duas vezes consegui mesmo tirá-la. à base de muito esforço e dedicação apareceu de uma das vezes à minha frente com a fralda na mão! Não outra estava entretidissíma, de manhã, na cama, a puxar a (mal)dita.




Hoje confirmei no infantário. Vai todos os dias ao penico e já por algumas vezes fez um xi-xi! "Outras vezes, lá se senta e nem percebe bem o que está a ali a fazer"!




Ahahah! Mas é assim mesmo, Bolinha!! Que grande menina!

segunda-feira, 23 de maio de 2011

17 meses e mimo. Muito mimo...

Não há dúvida que ser mãe tem esta imediata compensação. Mimo.


Seja porque os filhos são uma fonte inesgotável de mimo, de lá para cá, como sejam um objecto insaciável para transbordarmos o nosso mimo, de cá para lá.


Estes dezassete meses, feitos há dois dias, são isso mesmo: Mimo em todos os sentidos.


Parece impossível que se queria abraçar mais, beijar mais, ou fazer mais festas e cafunés do que no primeiro dia. E no entanto isso acontece! E ela cada vez quer mais, exige mais, luta por mais.


Mãe e Pai são um só universo mas nós também gravitamos à volta.


As manifestações de mimo são cada vez mais e diversas.


São os beijinhos que aprendeu a dar (de boca aberta e língua de fora, a lambuzar alternadamente a bochecha da mãe e a bochecha do pai, é certo, mas muito bem intencionados!).


São a mãozinha esticada a pedir companhia para brincar e ver os livros no quarto, ou para subir as escadas, passear na rua, são a gargalhada desdobrada que faz quando se põe às cavalitas e se vira ao contrário.


São também manifestações mais exigentes, como as noites mal dormidas, em que acorda agora a gritar por nós e só descansa no nosso colo.


E são outras bem cómicas e reveladoras dessa inteligência que se desenvolve. São deitar-se no chão bem devagarinho, quando está fora da nossa vista, barriga para baixo, esticar os braços e as pernas e começar a "miar": "--á-á". Claro, claro, caiu e quer que lhe peguem ao colo! 'Tadinha, da Rosarinho, que grande queda!!! Já te apanhámos três vezes, Maria do Rosário!

sexta-feira, 20 de maio de 2011

As (quase) palavras da Rosarinho #2

"Abe".


"Abeee"


"Abe. Abe. Abe. Abe. Abe."


Até que um de nós abra a porta da varanda, da rua, a caixa, o cesto do brinquedos, a tampa do biberón, a garrafa de água,...

segunda-feira, 16 de maio de 2011

As (quase) palavras da Rosarinho

"Olá!" - Esta é uma palavra inteirinha, dita com muita frequência, bem alto, e serve, na maioria das vezes, para chamar a nossa atenção. Ou a de qualquer outra pessoa na rua, supermercado ou centro comercial... Serve também em casa, quando procura por nós e não nos vê. Pára então no meio do corredor e começa: olá! oláá! olá-olá-oláÁÁÁ! Foi a primeira palavra.


"Cácá" - Os patos do banho. todos os outros animas de borracha que vão para a banheira, sejam sapo, baleia, golfinho ou caranguejo. Fora do banho, serve também para qualquer outro animal. Nos livros até serve para os elefantes. Preguiçosa a falar... Aponta os animais todos ao ao ouvir o nome mas para dizer, é cácá. É mais fácil que hipopótamo, eu percebo...!


"Ág." - Água, claro, e muita!

"Pápa" - A óbvia palavra, também aprendida muito rapidamente.


"'Nana" - A última aquisição no léxico infantil, para pedir banana, mas que nos últimos dias voltou a ser "tátá"!


"Tátá" - Designa o pai. E designa qualquer outra coisa...


sexta-feira, 13 de maio de 2011

Se acertar no euromilhões fosse assim tão fácil...

Pois claro está: virose.

As boas notícias é que a análise para alergia ao antibiótico e, consequentemente, penicilina, deu negativo. Mantém-se assim em aberto um leque mais variado para as doenças que ainda hão-de vir...

Mas... virose?? É que não me diz nada!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Esse mito...

Qual escarlatina, qual varicela, qual alergia... Ainda não sei o que foi (porque, pelo menos, já passou), mas aposto as minhas botas em como do resultado das análise vai sair uma virose...

terça-feira, 26 de abril de 2011

Escarlatina? A sério??

Depois de mais um serão passado nas urgências, com direito a prova de fogo de parentalidade - leia-se com isto aguentar ver a Bolinha a ficar com as bochechinhas inchadas, os olhos inchados, as manchas a crescerem, os remédios que lhe foram dando a não fazer efeito entre esperas sucessivas de 30 minutos, e, por fim, injectarem corticóides por via intra-venosa na mãozinha gorda e linda da minha bolinha e mais 15ml de Atarax que, como ela se recusou a beber, foi, literalmente, enfiado por tubos que lhe meteram no nariz (a sério, ainda estou a abanar, estou a passar o dia que parece que estou estúpida!)! - agora, que finalmente parecia haver descanso, uma noite melhor dormida, e as manchas a desaparecer, levanta-se nova hipótese: Escarlatina? A sério?....

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Mais um saltinho às Urgências...

Esta Páscoa tem sido pouco santa... Não bastasse as otites da Rosarinho que ainda estávamos a curar, como de um almoço em família, em sábado de Aleluia, com iguarias várias trazidas pela minha tia-avó, pacífico, bem disposto, a matar saudades da família, primos e primas a bater à porta para uns dedinhos de conversa, umas amêndoas e umas brincadeiras com a mais recente bolinha da família, passámos para uma intoxicação alimentar generalizada à família inteira.

Um cenário dantesco para tanto espírito pascal!

Salvou-se a Rosarinho que teve um regime diferente ao almoço e, por obra e graça do Espírito Santo, recusou o bocado de bolo (a nossa maio desconfiança) que ainda lhe quis dar: "na qué!"

Uff... e ainda bem que se safou. Para no dia seguinte aparecer cheia de borbulhas/manchas pelo corpo!

Mais uma corrida às urgências. Diagnóstico, incerto... É provável que tenha feito reacção ao antibiótico que estava a tomar, clavamox, apesar de já o ter tomado antes. Mas certezas-certezas só falando com um alergologista.

E onde é que eu encontro um alergologista a estas horas numa 2ªfeira feriado???

terça-feira, 19 de abril de 2011

Mais uma otite e nós em casa à espera do dente

Estamos em casa há dois dias, há conta de uma nova otite, que, cá por casa, é como que diz mais um dente que por aí deve vir. Ou mais quatro, na verdade, depois de olhar melhor para umas gengivas muito cor de rosa com una pontos brancos a rebentar.


E a trabalheira que sempre dá este rebentar. Começa a constipação. A-tchins (que a Rosarinho agora sempre repete, exactamente assim, à-txim-à-txim!), depois a respiração a ficar toda atrapalhada, tosse, farfalheira, muita farfalheira, e a febre. Agora são sempre mais elevadas e, se antes quando via um 38,0º no termótero achava que lhe ia dar uma coisa má, agora abaixo dos 38,9º já nem existe...

3 dias de febre e lá vamos nós ao Hospital. Na verdade, eu minto... Aqui me confesso, ao 2º dia de febre estou lá caída e a garantir que já lá vão pelo menos 3 dias em que a febre não baixa!

Fazer o quê? Não me aguento a vê-la com febre e a tossir e a imaginar que se está a formar uma qualquer infecção respiratória que em vez de estar ali a rumina devagarinho, a ganhar terreno aos antibióticos, pode logo começar a ser tratada!...


O diagnóstico tem, felizmente, passado ao lado dessa minha angústia e degenera em otite. Ou otites. Clavamox, Benuron, Brufen e Aerius entram na rotina, e três dias em casa até passar a febre.


Tanta coisa por um dente que daqui a uns aninhos cai!

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Rosarinho vai à escola #4

Mudança feita, casa nova e para a Bolinha infantário novo.


Custou-me horrores tirá-la do anterior. E custou-me a mim e à educadora e às amorosas auxiliares. E até à minha mãe. Decisão tomada e comunicada, foram três semanas a aguentar a lágrima quando lá chegava e quando de lá saía.


Quando chegavam os trabalhinhos feitos lá com o talento, cuidado e criatividade que sei que à partida não vou encontrar em mais nenhum lado.


É hoje um Colégio muito especial. Pelo menos foi-o para mim e para a Rosarinho. Sei que foi ali feliz e isso a mim faz-me igualmente feliz...


O que as lágrimas correram no último dia, não tem explicação! A sério, é que não chorava assim já nem me lembro desde quando!


E agora toca de segurar a lágrima no Colégio novo. Mas agora porque ela chora para lá ficar...


Sítio novo, sala nova, pessoas estranhas e muitas crianças. De uma salinha de seis, são agora catorze.


Mas na verdade este é o factor positivo para a Rosarinho. Tem uma curiosidade enorme por outras crianças, sobretudo mais velhas que ela, como agora que já está na sala dos dois anos (que crescida, a minha baby)! E para mim é o que torna suportável lá deixá-la. Porque lhe trava o choro, e distrai, e lá sai do meu colo sem olhar para trás... Pelo menos por agora.


É o dia três e a tensão aumenta... No dia dois foi ao entrar no corredor que começou a ficar vermelha, a lágrima a subir e o beicinho a aparecer, hoje, dia três, foi já à entrada.


É que, a sério, não há coração que aguente! Ela já chorava nos últimos tempos e agarrava-se ao meu colo, mas era um choro de birra, de exigência, sem lágrimas.


Agora não! Agora é duro. É um silêncio e a Bolinha ficar encarnada, os olhos marejados... Ai, que dor! Passo o dia a pensar nisso. A verdade é que ainda não me tinha acontecido...


Criança sofre? Não, mãe sofre! Que o choro passa logo, eu quando telefono para lá, todas as horas de almoço, a mocita passou a manhã muito bem e a brincar, e come bem, sentada a mesa, e deita-se na sua cama para dormir um bom sono.


Mas fazer o quê? Só oiço o tic-tac do relógio até à hora de a ir buscar...

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Coisas de mãe #2

A última, mas mesmo a última coisa que faço antes de me deitar, tem que ser ir vê-la dormir. E tapá-la, nem que seja só um bocadinho, nem que seja só para no segundo seguinte ela se destapar toda outra vez...

Coisas de mãe #1

Aquecer o pijama no radiador, antes de a vestir, depois de um banho quente, que o pai dá, com muita brincadeira. Aquecer o pijama, o body e até as meias pequeninas...

sábado, 15 de janeiro de 2011

Rosarinho vai à escola #2

A educadora a contrariar a Rosarinho para ela não ir para dentro de um armário. "Não, não, Rosarinho, aí para dentro não!". Rosarinho afasta-se do sítio, a fazer beicinho, coloca as costas da mão sobre a testa e deita a cabeça na parede num gesto dramático enquanto murmura num choro pequenino olhando para o chão: "ma-ma-ma-ma-ma...". Não, não creio que fosse "mãe", acho que queria dizer "má-má-má-má..."!

Rosarinho vai à escola #1

Episódios na escola são agora mais que muitos. Novidades todos os dias, uma pequena história para trazer para casa. Esta passou-se há dois dias.
Aula de musica no berçário. Além de a todos os bebés serem dados instrumentos para tocar (à Bolinha calhou um tamborzinho! Imagino a festa...), cantam músicas, fazem pequenas "coreografias".
O grande amigo da Rosarinho na escola é o Manel. Têm uma diferença de cerca de um mês e meio, sendo Manel mais novo. Brincam todo o dia juntos, na hora da sesta falam entre eles de uma cama para a outra, e quando um deles não vai o outro sente a falta.
Desta vez, na aula de música, o Manel dançava. Imagine-se, um bebé de quase um ano, gordinho, de olho azul e de sorriso largo, põe-se a dançar, em pé, segurando-se numa mesa de brincar. Abana a raboca para cá, abana a raboca para lá... E a Rosarinho, ri-se à gargalhada!!

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

1 Ano!


A Rosarinho já tem um ano.

Um ano é coisa séria!


Em plena época de preparativos de Natal lá organizámos o aniversário da Bolinha. E foi mesmo no dia. E foi com todos aqueles que nos são importantes. E foi com um bolo como eu sonhei.


Mas não pensei que se sentisse assim... que o aniversário de um filho tivesse esta dimensão. Desde os dias antes foi algo que me encheu, que me assoberbou e transbordou... chorei e não sabia bem porquê. Era uma felicidade maior, era uma nostalgia da bebé, era uma saudade presente, mas era sobretudo um orgulho imenso! E uma vontade, uma vontade enorme que sejas sempre, sempre, sempre muito FELIZ!