segunda-feira, 18 de julho de 2011

"Ao menino e ao borracho, Deus põe a mão por baixo"

Acho que ainda estou a abanar do susto de ontem... Coisa parva, ou talvez não, que me deixou com os nervos à flor da pele.

A coisa parva é simples: um candeeiro de pé, daqueles que não tem mal nenhum, levezinho com uma lâmpada pequena, tipo escritório fashion e minimal. A minha pintaínha resolve abanar o dito candeeiro, mas até com uma força pouca, que nem lhe testou a resistência. E eu, que até me acho precavida, tiro a pequena do pé do candeeiro, entre o início de choro e lágrimas de quem acaba com a brincadeira, e nisto, no exacto momento, cai mesmo ao lado do pé dela, o vidro que protege (protege?) a lâmpada.
Assustei-me com a idéia de um vidro lhe cair, assim do nada, em cima, mas quando fui pegar nele é que me assustei a sério. Fervia! Mas fervia à séria, que até ficou colado ao chão...

Fui -la na cama, acabando com a birrinha gerada no entretanto e quando me sentei no sofá, fiquei em choque, a tremer, de pensar como uma coisa parva, que surge sem pré-aviso, podia transformar as nossas vidas se lhe tivesse mesmo caído mesmo em cima!... O incontrolável, imponderável, dá cabo de mim!
Mas a primeira coisa que pensei mesmo foi que um anjo da guarda me fez tirá-la dali naquele exacto segundo... E sinto que lhe devo a vida...

segunda-feira, 4 de julho de 2011

"Pai?"

É notório que as palavras começam a ser úteis cá por casa.


O ritual de dormir cá em casa não é, em regra, nada difícil e é recheado de mimo. Depois do banho e do jantar, há um pouco de brincadeira connosco, mas o tempo passa rápido e o sono chega cedo, e por volta das 20h30, 21h, é a Rosarinho que começa a dar sinal de que são horas de ir para a cama. Ou uma birrinha se começa a fazer notar, ou é mesmo a Bolinha que põe a chucha na boca e nos diz adeus, puxa pela nossa mão e caminha para o quarto.


Vamos então os três para o quarto, fecham-se os estores, diz-se adeus ao gato preto que está sempre nas traseiras, uma musica que vamos cantarolando e a luz quebrada do candeeiro do quarto. Um beijo à Mãe, um beijo ao Pai, abraços pequeninos, e deitamo-la na cama, com a fraldinha junto à cara e um peluche a acompanhar. Pouco demora para um sono profundo.


Hoje, o Pai não estava à hora de dormir. Às 20h30 a Rosarinho quis ir para a cama e lá fomos as duas de mão dada para o quarto. Mas a meio caminho: "Pai?,....Pai?" E foi um misto no meu coração, de orgulho e pena por o Pai não estar... Acho que nem lhe conto, antes de chegar!...

Mãe e Pai

Hoje. 7h da manhã. Sono profundo cá em casa. E de repente: "Mamããããã!" Ai, o que eu pulei de contente! :)

E eu lá quis saber se era Mãe ou Mamã! Era comigo, era chamar-me e eu adorei!

domingo, 3 de julho de 2011

A flor e a alga

Esta semana foi a festa de final de ano do infantário da Rosarinho. Lá fomos, dois pais e a avó M.



O auditório onde foi o espectáculo estava sem ar condicionado num dos dias de grande calor do ano, cheio de pais, mães, avós e afins, babados para ver os pequenos artistas. Na terceira ou quarta peça lá vejo ao canto do palco uma peque,na flor com uma enorme coroa de pétalas cor de rosa brilhantes na cabeça, sentada entre mais duas flores. Olhava para todos as outras crianças no palco que cantavam e tentavam dançar ao mesmo ritmo com um ar desconfiado e curioso. No fim, lá lhes bateu palmas...


A alga foi num outro quadro. O tema era o mar e as educadoras agitavam duas largas e compridas faixas de um tecido ou papel azul e brilhante, simulando ondas, e os pequenos ficavam de baixo destas, vestidos de vida marinha, peixes variados e, claro, algas. A nossa alga cor de laranja resolveu que estava melhor de costas para o palco a ver o que os outros faziam. De pé, meia de costas para nós, continuava com ar de quem acha que todos endoideceram... Mas, enfim, quando todos de repente se deitaram o chão a fingir dormir, a educadora dá um toque discreto à Rosarinho que se mantinha de pé, e, muito compenetrada, deitou-se rapidamente, sossegada, fingindo dormir. Quando todos se levantaram, levantou-se e seguiu os outros, mostrando a lição bem estudada!

Não há dúvida, esta segunda actuação da Rosarinho, demonstra já as grandes qualidades artísticas que aí vêm! Pai, mãe e uma avó, como testemunhas insuspeitas!

Dicionário precisa-se...

Ao sábado, dorme o pai até mais tarde. Ao domingo, é o dia da desforra de mãe, e durmo eu até mais tarde. Encontrámos este esquema já há bastante tempo, pois a Rosarinho, ao sábado, domingo ou segunda, acorda invariavelmente à mesma hora, geralmente entre as 7h e as7h30. Assim, garantimos sempre um ao outro um dia de maior descanso.


Mas é normal que ao domingo a Rosarinho lembrar-se de me ir acordar batendo à porta do nosso quarto. Bate na porta e chama num meio choro. Acabo por me levantar e o dia prossegue.


Hoje foi fazê-lo também. E chamava do outro lado: "Pokiiii? Pokiiiiiiii? Poki?! Pokiiiiii?"


Poki? Depois de uma semana inteira a treinar "mamã"? Está certo.


Nisto das plavras manda ela! É justo!