terça-feira, 22 de novembro de 2011

23 meses

Ultimamente noto que as birras aumentam. São, sem dúvida, os dois anos a chegar. . Convencê-la a fazer o que não quer é mais difícil, já não se deixa distrair com tanta facilidade. Porque não quer tomar o remédio, porque não quer trocar a fralda, porque não quer largar Os patinhos, ou o Mickey para ir tomar banho, ou porque não quer sair do banho. Não quer as batatas, quer ir para o chão, não quer ir para a cama...

Dito assim parece muito, mas, ainda assim, continuo a não poder dizer que a Rosarinho seja minimamente birrenta. Felizmente, não são todas as birras ao mesmo tempo. Acho que do elenco escolhe umas duas birrinhas por dia.

Perto do segundo aniversário, continua uma menina doce, sempre bem disposta, muito ternurenta e cada vez mais feminina. São as brincadeiras com o "bebés", as papas, faz camas, encontra cantinhos e casas em todo o lado. Adora desenhar e já conhece as cores: o azul, o amarelo, o rosa, o verde, o azul, encarnado e roxo. Adora as letras que vê nas histórias, mas chama a todas "dois". Dá beijinhos e abraços, e quando gosta de uma comida, sorri, franzindo completamente os olhos e diz "é booommm". É gulosa, mas nunca experimentou um rebuçado. Chama "tina" à gelatina e pede pão sempre que chega a casa. Adora "ler" histórias na cama às bonecas.

Corre pela casa e noto uma desenvoltura motora muito grande que adquiriu nos ultimos dois meses.

E há dois dias que tenta cantar!... De frente para a televisão, tenta repetir os jingles dos anúncios, muito baixinho, ensaiando a voz ao estilo cantora de ópera, vai repetindo "ah-AH-AHHHH..."! A sério, ainda tenho que filmar!... ahahah!

De volta à escola

Depois da consulta com a pediatra no sábado, a Rosarinho está de volta ao infantário. Na verdade, percebi que já tinha saudade. Desde quinta ou sexta-feira que se lembrava dos amigos e das educadoras, dizendo os nomes, um pouco sem propósito, "vanexa-pêdo-mateo-maiana"... Na verdade, ao contrário do que temi, voltar à rotina depois de uma semana em casa não custou muito, não houve muito choro à saída de casa deixando-me para trás. Só um choro pequenino e uma cabeça virada para trás, um "mãe" prolongado, mais para marcar posição que outra coisa! Fico contente, fico mesmo contente!

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Adoooora chapéus!

Já durante o Verão notámos que não tínhamos qualquer episódio típico no que respeita a usar chapéus. Acho que ter um chapéu, colocá-lo, usá-lo, sempre ficou associado a algo bom. É sempre sinal de passeio, seja praia, seja campo, seja uma volta pelo bairro.
Na verdade, chega a ser a Rosarinho a reclamar o chapéu, quando estamos quase de saída, a pegar em malas, chaves, e afins. 
O "apéu" é assim um acessório indispensável.
Em casa da Avó Maria, que os tem em várias versões e de várias épocas até, são sempre propósito a uma enorme brincadeira entre o tira-e-põe à avó e a si própria.
No meio destes dias em que estamos as duas por nossa conta, para aproveitar ao máximo, acabo por encontrar algum pretexto para sairmos um pouquinho de manhã, e depois do almoço e da sesta voltarmos a sair mais um pouco. Esta manhã, porque o tempo já não era muito e precisava de despachar dois presentes resolvi darmos um salto ao Colombo. Acabei por entrar numa loja com utensílios vário de cozinha e enquanto me distraía a ver qualquer coisa que já nem lembro, oiço umas gargalhadas. Volto a cabeça e dois empregados da loja riam a bom rir. Quando olho para a Rosarinho tinha tirado uma forma de bolo azul de silicone, posto na cabeça e ria divertida a dizer "apéu!, apéu!".
Não consegui tirar-lhe a forma da mão, não consegui convencê-la de que não era um chapéu e nem conto o que foi, nem o que m ri, ao travessar todo o corredor do Colombo a empurrar a bengala onde ela ia sentada, a por o novo chapéu na cabeça!

Chucha? Não.

Nas últimas noites reparei que, sempre que ia vê-la antes de me deitar, a chucha estava sempre no chão, no mesmo sítio ao lado da cama. Estranhei, mas não questionei, que a chucha ali caísse já que a cama de grades tem daquelas protecções almofadadas que até é alta, e mesmo por baixo parecia-me muito difícil que saísse assim só por cair... A solução desvendou-se há uns dias quando, ao ir deitar a Rosarinho, depois daquele nosso ritual (o beijinho, a chucha, apagar a luz, o encostar da cabeça no meu ombro e o rebolar para a cama e aconchegar os lençóis) noto que, mal virei as costas, ela se levanta e atira a chucha por cima da grade da cama. Ok, é então obra da própria Rosarinho!
Pensei que mais tarde fosse chorar por sentir a falta da chucha, mas tal não aconteceu, embora lá para a 1h da manhã eu lá tenha ido por aquele conforto ao lado da mãozinha, just in case... 
Mas há duas noites que a história melhorou. Não só ao deitar, mal está prestes a rebolar para a cama, me devolve a chucha e diz "não.", como a deitamos sem ela, tapamos com o edredon e a Rosarinho nos devolve as despedidas de boa noite dizendo adeus, com as duas mãos, e mandar beijinhos, também com as duas mãos! Uma para o pai e outra pra a mãe, certamente!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Diagnóstico.

E hoje lá fomos para o Hospital. Depois de começar o dia com dois grandes cocós, daqueles péssimos (vou poupar a descrição) e de nos termos assustado com algum sangue nas fezes, lá fomos de rebolão. Pai, mãe e Zarico.
Felizmente que nos encontrámos com a pediatra pouco depois de chegar às urgências e fomos atendidas logo, fora do esquema e tudo, que a pediatra nem devia andar por ali... O resultado é simples, aparentemente é tudo ainda uma decorrência da gastroentrite de há umas semanas, o intestino ficou intolerante à lactose o que demora, de facto, bastante tempo a recuperar. Ainda assim, e para não deixar de fora a hipótese de ser um novo vírus, já que também a tosse voltou e isto de andar em infantários é mesmo assim (n.b. a pediatra da Zarico chama à declaração de que a criança pode andar no infantário a "licença para infectar", o que mostra não só o seu humor mas o quanto adora infantários), com o objectivo de ver se é desta que nos livramos do vírus, toca de ficar quatro dias sem infantário e radicalizar a dieta: sopa de cenoura (só cenoura!), arroz, activias, leite sem lactose e bananas ou maçã cozida. Ponto. Mais nada por uns dias e sábado lá voltamos para fazer o ponto da situação.
E agora, dar corda à imaginação e aproveitar para uns dias bem passados, só nós as duas!      

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Here we go again...

Depois da gastroentrite há cerca de três semanas, a verdade é que a Rosarinho não chegou a ficar completamente bem, mesmo após ter completado o tratamento.
Assim, e porque voltara a piorar acabámos por, há uma semana, voltar ao hospital. 
Diagnóstico: ou mais uma virose, embora desta sem febre, ou intestino mal habituado não conseguindo voltar a reter os nutrientes como devia. Novo tratamento de leite sem lactose, gotas de bifídus (biogaia), dieta e iogurtes activia. Passado três dias lá melhorou um pouco, mas há já dois, voltou a piorar. Não há febres até agora, mas há mais "cocós".
Já foi o mail para a pediatra, amanhã espero resposta. Pelos meus cálculos, 4a lá vamos para o Hospital outra vez... Mas é que não estou mesmo a achar piada!.... 

De regresso a casa

Adoroooo quando a vou buscar ao infantário e vem ter comigo a correr e a dizer "mãeeeeeiiiiiiii"!
Sai do canto dos legos com muito cuidado para não pisar em nenhum brinquedo, com muito jeitinho, delicada, muito menina e, quando em terreno livre, corre para mim de braços esticados.
Hoje, mal se viu ao meu colo, agarrada ao meu pescoço a fazer o seu sorriso de charme, ditou logo: "Caja! Deu, Vanexa..." ou seja, "Casa! Adeus, Vanessa! (a auxiliar da sala dela)". Foi a primeira vez qu ouvi a Rosarinho dizer o nome dela.

Mas agora o melhor das palavras é começarem a construir frases. E hoje, no carro, a caminho de casa, no meio da conversa solta que faz e que pouco se percebe, assim como das perguntas habituais ("que é ito? que é ête?"), "mãeeii... pêo. O pêo. O pêo ateu." O Pedro bateu? a quem? pergunto, e estava já a olhar para ela de alto a baixo à procura mazelas... "Miana. Vanexa, catigo".
Ok, na minha tradução (tradução livre, é certo), o Pedro bateu à Mariana e a Vanessa pôs de castigo. Fico mais descansada. Até porque da ultima vez que ouvi falar em castigo, foi a Rosarinho a ficar na mesa do "castigo" por ter atirado com um lego na cabeça de outro. Se calhar, do Pedro...

domingo, 13 de novembro de 2011

Passeios de Outono

Ganhámos um novo ritual de fim de semana. O de tomar o pequeno almoço, ou o lanche, se aquele nos escapa, na Padaria Portuguesa, agora que descobrimos uma perto de nossa casa.
E depois de se sentar numa cadeira dos "crescidos", comer pão, qualquer um, desde que com "fiambe", aquele passeio pela João XXI abaixo, a pé, de mão dada com o pai, parando nas montras e apanhando folhas de Outono que já enchem o chão.
Ontem já era noite e a imagem dos dois ao fundo da rua ficou na minha memória...

Horas esquecidas

Dorme agora a sesta sossegada. É uma hora calma para mim também, que se prolonga quase sempre por umas três horas em que aparoveito para reorganizar o que se deixou para trás na manhã que passou, no dia anterior ou duante a semana.
Há muito que me vou lembrando que "abandonei o blogue" e o último post é ainda de Setembro... Fico sempre com uma sensação de perda, de que deixei algo (muito) por registar. E todos os dias tenho a certeza que sim, num ritual tão simples como o de falar ao telefone com a minha mãe. No meio das nossas conversas, sempre há o espaço das últimas das Rosarinho. Pusesse-as eu aqui e não as deixaria "esquecidas".
Vou tentar, num acto tão simple como uma espécie de transcrição dessa parte da nossa conversa...