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quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Noites difíceis

Se bem que não nos podemos queixar das noites da Rosarinho, este é um tópico sempre presente em qualquer conversa de mãe. A verdade é que basta uma noite mal dormida para transtornar o dia, ficar um pouco traumatizado. A privação do sono dói!
Até aos dois anos tivemos noites quase santas, adormecer não era um problema, a Rosarinho ia para o quarto sem qualquer manifestação de protesto, muitas vezes pedia a cama e até nos dizia adeus quando apagávamos a luz e saíamos, simplesmente, do quarto.
Agora a consciência já é outra e a vontade de brincar e estar connosco também. O sono parece não chegar nunca e a menção de "caminha" tem como resposta "não quer!" É preciso distrair, é preciso inventar, é preciso inovar para convencê-la a entrar no quarto. Depois temos um ritual muito rígido, com uma história ao meu colo, contada na cadeira do quarto, e um candeeiro acesso. Depois, uma segunda história. Esta é na cama, sentada, com todos os bonecos que se lembra igualmente sentados ao lado dela. O Mickey, o coelho, o urso, e Emília... No fim da história, apago a luz, com protestos, fica com o livro na mão e tenta ainda "lê-lo" naquele semi-escuro que fica no quarto. Já eu, não posso sair do quarto, tenho que ficar na cadeira. 5 minutos, 10 minutos, 15 minutos. Vou tentando sair, mas quando tento lá vem choro, mimo e mais protestos. Sento-me outra vez e lá tento sair cinco minutos depois... às vezes consigo, porque o sono tem mais força que o mimo. Outras, chora, mas lá vai ficando.
Mas, a conclusão de que estávamos mal habituados, não resulta só daqui. Acordar a meio da noite, 4h00/5h00, com gritos, passou a ser um cenário quase diário. Andava eu aqui a matar a cabeça a julgar serem pesadelos, tinhamos limitado mais um pouco o acesso ao que vê na televisão, até que a tia S. me pergunta: "ela tem luz de presença?" Obrigada, tia S. hoje voltámos a por luz de presença (que querem, nunca foi precisa!), e percebi que acordou pela mesma hora, manifestou-se um bocado mas adormeceu em seguida e eu nem precisei levantar-me, quanto mais lá ficar na cadeira do quarto o resto da noite!   

domingo, 22 de janeiro de 2012

Saudades

Saudades das noites em que ia para a cama e se despedia de nós com um adeus, atirava beijos para o ar e enrolava-se nos lençóis, de rabo para o ar e, simplesmente, dormia. Agora é uma dor. Desde que começo a dizer que está na hora de ir lavar os dentes, as mãos, mudar a fralda, que se ouve um não temeroso, quando insisto para arrumar os brinquedos, os olhos começam já a ter lágrimas e, depois, é chorar, com as lágrimas a rolar, de pé, na cama e a chamar mãeeeeeee, enquanto hesito entre afastar-me logo, resoluta e calma, ou dar mais um mimo, um beijo, uma festa.
Começou uns dias antes dos dois anos, recordo-me de começar a notar a diferença em pequenos pormenores da rotina. A resistência tem aumentado e, se ainda não posso chamar uma guerra à hora de dormir, felizmente, o que me parte o coração é deixá-la chorar.
Eu sei, eu sei, ela chora durante cinco minutos, mesmo, contados no meu relógio, mas o que me doem esses tantos minutos! E depois desses minutos, as horas do dia em que ando a pensar se não estou a ser um coração de pedra por deixá-la assim, na cama, sozinha, no escuro, a chamar por mim, por companhia, por mimo. Depois ouço a voz da consciência e da razão, que é o pai, e que relembra, que ela não tem fome, não tem frio, tem mimo e amor durante todo o dia, está num quarto quente e confortável, não está deixada no escuro, mas aconchegada, confortável, com a porta entreaberta para nos ouvir e ver uma luz de presença. 
Então porque é que continuo a perguntar-me se é este o caminho, deixá-la na cama, mesmo que a chorar por um bocado, ou se devia ceder à escravatura do mimo e ficar a dar colo, sob pena ser raptada todas as noites, como os meus pais, que reclamam não ter dormido durante três anos porque eu sempre adormecia ao colo e sempre acordava quando me punham na cama? Porque é que então me pergunto se não estarei a embarcar em modas pedagógicas? Pode ser o melhor, sim, pode ser que não deixe os traumas que eu fico a imaginar que podem ficar, e, sim, vou persistir. Mas vou sob protesto! Ensinem lá uma mãe a negar mimo à sua cria e não ficar para morrer com o coração do tamanho de uma ervilha?...     

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Chucha? Não.

Nas últimas noites reparei que, sempre que ia vê-la antes de me deitar, a chucha estava sempre no chão, no mesmo sítio ao lado da cama. Estranhei, mas não questionei, que a chucha ali caísse já que a cama de grades tem daquelas protecções almofadadas que até é alta, e mesmo por baixo parecia-me muito difícil que saísse assim só por cair... A solução desvendou-se há uns dias quando, ao ir deitar a Rosarinho, depois daquele nosso ritual (o beijinho, a chucha, apagar a luz, o encostar da cabeça no meu ombro e o rebolar para a cama e aconchegar os lençóis) noto que, mal virei as costas, ela se levanta e atira a chucha por cima da grade da cama. Ok, é então obra da própria Rosarinho!
Pensei que mais tarde fosse chorar por sentir a falta da chucha, mas tal não aconteceu, embora lá para a 1h da manhã eu lá tenha ido por aquele conforto ao lado da mãozinha, just in case... 
Mas há duas noites que a história melhorou. Não só ao deitar, mal está prestes a rebolar para a cama, me devolve a chucha e diz "não.", como a deitamos sem ela, tapamos com o edredon e a Rosarinho nos devolve as despedidas de boa noite dizendo adeus, com as duas mãos, e mandar beijinhos, também com as duas mãos! Uma para o pai e outra pra a mãe, certamente!

segunda-feira, 4 de julho de 2011

"Pai?"

É notório que as palavras começam a ser úteis cá por casa.


O ritual de dormir cá em casa não é, em regra, nada difícil e é recheado de mimo. Depois do banho e do jantar, há um pouco de brincadeira connosco, mas o tempo passa rápido e o sono chega cedo, e por volta das 20h30, 21h, é a Rosarinho que começa a dar sinal de que são horas de ir para a cama. Ou uma birrinha se começa a fazer notar, ou é mesmo a Bolinha que põe a chucha na boca e nos diz adeus, puxa pela nossa mão e caminha para o quarto.


Vamos então os três para o quarto, fecham-se os estores, diz-se adeus ao gato preto que está sempre nas traseiras, uma musica que vamos cantarolando e a luz quebrada do candeeiro do quarto. Um beijo à Mãe, um beijo ao Pai, abraços pequeninos, e deitamo-la na cama, com a fraldinha junto à cara e um peluche a acompanhar. Pouco demora para um sono profundo.


Hoje, o Pai não estava à hora de dormir. Às 20h30 a Rosarinho quis ir para a cama e lá fomos as duas de mão dada para o quarto. Mas a meio caminho: "Pai?,....Pai?" E foi um misto no meu coração, de orgulho e pena por o Pai não estar... Acho que nem lhe conto, antes de chegar!...

terça-feira, 26 de abril de 2011

Escarlatina? A sério??

Depois de mais um serão passado nas urgências, com direito a prova de fogo de parentalidade - leia-se com isto aguentar ver a Bolinha a ficar com as bochechinhas inchadas, os olhos inchados, as manchas a crescerem, os remédios que lhe foram dando a não fazer efeito entre esperas sucessivas de 30 minutos, e, por fim, injectarem corticóides por via intra-venosa na mãozinha gorda e linda da minha bolinha e mais 15ml de Atarax que, como ela se recusou a beber, foi, literalmente, enfiado por tubos que lhe meteram no nariz (a sério, ainda estou a abanar, estou a passar o dia que parece que estou estúpida!)! - agora, que finalmente parecia haver descanso, uma noite melhor dormida, e as manchas a desaparecer, levanta-se nova hipótese: Escarlatina? A sério?....

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Método Estivil? É... cá em casa é mais ou menos isso...

Há uns tempos comecei a ler sobre o método Estivil, tão em voga agora. Descobri-o por acaso num site que não esqueço. Recordei que já tinha ouvido falar mas deixar "chorar até adormecer", e chamar-lhe um método, pareceu-me violento. Depois de ler no site é que dei o benefício da dúvida. Vindo de uns pais que sei amorosos e depois de muuuito tempo sem dormirem ouvir a palavra "milagre" chamou-me a atenção...

Sempre evitei. A nossa Bolinha dorme cerca de 6h/7h seguidas desde o mês e meio de idade e adormecer, ainda que, na altura, a horas tardias, não era uma dificuldade das maiores. resultava sempre com uns abanicos de carrinho, que evoluíram para uns oitos, às vezes uns abanões, mas em regra, 10 minutos, 15 minutos, a Bolinha dormia.

Agora está mais crescida. Agora tem birrinha de sono. Agora a birra já é maior.

Mas agora os pais têm mais resistência.

Para impedir que as birras crescessem ao ponto dos tais relatos de "1h para dormir" e, confesso, depois de ouvir que praticamente TODA a gente, a certa altura, os ensina a dormir, mesmo sem comprar livro e sem mais informação que uns sítios na internet, resolvemos tentar o método.

Há 5 dias avancei, com o aval do pai e a promessa de que me segurava, e passei do ram-ram no carrinho para o ram-ram na cama. O ram-ram cresceu. Virou choro. Virou soluço e a bolinha virou na cama. Virou várias vezes. Várias vezes fui por a chucha, dar só um aconchego. não sei se nos tempos certos que o método ensina... Acho que demorou uns 20 minutos a adormecer e uma eternidade para fazer desaparecer o peso na minha consciência... Na 2ª noite sentei-me à porta do quarto. Se é verdade de me pareceu a espera mais longa, o pai cronometrou 15 minutos (e o pai segurou-me, na última, quando estive para ir lá sem resistir ao último choro).

Hoje lá estávamos no ram-ram. E um excitex que não se aguentava, pernas no ar, braços no ar, chucha no ar. Cama! Vou escrever o teu blog!

"And i am glad to announce" que no espaço em que escrevo este texto já a bolinha dorme há tempos! :))

terça-feira, 13 de julho de 2010

Wonder-woman...

Há uma altura do dia em que queria ter super-poderes.
É à noite, no fim do último biberon da Rosarinho. Estou com ela nos nos braços e o quarto envolto numa penumbra apenas quebrada por uma suave luz de presença, que alonga as formas dos bonecos e da mobília. Há o silêncio e o sono é profundo... Então, queria nunca ter sono, e cansaço, e ficar ali toda a noite, naquele sofá, com a minha Bolinha a dormir naquilo que se chama o regaço...