quinta-feira, 14 de abril de 2011

Rosarinho vai à escola #4

Mudança feita, casa nova e para a Bolinha infantário novo.


Custou-me horrores tirá-la do anterior. E custou-me a mim e à educadora e às amorosas auxiliares. E até à minha mãe. Decisão tomada e comunicada, foram três semanas a aguentar a lágrima quando lá chegava e quando de lá saía.


Quando chegavam os trabalhinhos feitos lá com o talento, cuidado e criatividade que sei que à partida não vou encontrar em mais nenhum lado.


É hoje um Colégio muito especial. Pelo menos foi-o para mim e para a Rosarinho. Sei que foi ali feliz e isso a mim faz-me igualmente feliz...


O que as lágrimas correram no último dia, não tem explicação! A sério, é que não chorava assim já nem me lembro desde quando!


E agora toca de segurar a lágrima no Colégio novo. Mas agora porque ela chora para lá ficar...


Sítio novo, sala nova, pessoas estranhas e muitas crianças. De uma salinha de seis, são agora catorze.


Mas na verdade este é o factor positivo para a Rosarinho. Tem uma curiosidade enorme por outras crianças, sobretudo mais velhas que ela, como agora que já está na sala dos dois anos (que crescida, a minha baby)! E para mim é o que torna suportável lá deixá-la. Porque lhe trava o choro, e distrai, e lá sai do meu colo sem olhar para trás... Pelo menos por agora.


É o dia três e a tensão aumenta... No dia dois foi ao entrar no corredor que começou a ficar vermelha, a lágrima a subir e o beicinho a aparecer, hoje, dia três, foi já à entrada.


É que, a sério, não há coração que aguente! Ela já chorava nos últimos tempos e agarrava-se ao meu colo, mas era um choro de birra, de exigência, sem lágrimas.


Agora não! Agora é duro. É um silêncio e a Bolinha ficar encarnada, os olhos marejados... Ai, que dor! Passo o dia a pensar nisso. A verdade é que ainda não me tinha acontecido...


Criança sofre? Não, mãe sofre! Que o choro passa logo, eu quando telefono para lá, todas as horas de almoço, a mocita passou a manhã muito bem e a brincar, e come bem, sentada a mesa, e deita-se na sua cama para dormir um bom sono.


Mas fazer o quê? Só oiço o tic-tac do relógio até à hora de a ir buscar...

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