terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Carta ao Pai Natal

"Então Rosarinho, o que vais pedir ao Pai Natal? Tens que pedir um presente!"
"Vou pedir uma botas. Grandes. Para o Pai!"

Ahahaha!

E não sai disto! Vou ter mesmo que comprar umas botas para por no "sapatinho" do Pai! :)

As birras, senhores, as birras...!

Devem ser os três anos a chegar. Deve ser isso... Para ficar, pelo que sei! Temos disto todos os dias, agora. Por pequenas, pequenas, coisas... Porque não se quer vestir de manhã -está frio (esta é a pior de todas, um inferno matinal, de choro e soluços e agarra daqui, estica ali, e enquanto eu visto, ela despe o que eu já vesti...). Porque se quer vestir sozinha, até ao fecho do kispo, que consegue, mas demooooraaa... (e o tempo, senhores, o tempo). Porque as luzes de Natal são para acender até de manhã (não, não são!), ou porque quer sumo (não há!), ou porque quer a colher verde para comer a sopa (só há a rosa!).
Mil exemplos e mil birrinhas.
Lá vamos encarando com relativa calma, deixando explodir o choro, mas levando a nossa sempre adiante. O truque, para nós, tem sido manter a calma no momento de "crise". Nem sempre possível, claro, mas sempre que possível... E fazer tudo com tempo. Sobretudo de manha, muito tempo. Acordar meia hora mais cedo, para o mau humor matinal desaparecer (meu e dela - não há duvida que sai à mãe), ter tempo de vestir, ver um Mickey, e voltar para trás três vezes para ir buscar mais um brinquedo para levar para os amigos. Sem stress... Resulta! É outra paz...

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Um bocadinho menos, sim?

Reunião de pais. A adaptação, o grupo, as dinâmicas, os amigos, os novos hábitos. Mais de duas horas de conversa e, em resumo, tudo corre lindamente, são um grupo muito divertido e animado, sempre bem disposto! E um pouco barulhento!...
A sério? Não tínhamos dado por nada lá em casa!...

"Oh, MÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE!"

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Oi?

A minha filha anda a fazer o quê? Ontem estava maléfica? Anda a bater nos outros? Oi?!
Ai, que bela conversa que iremos ter...!

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

O Colégio - dia IV (parte I)

Sentido de sucesso. Vai sempre entusiasmada, de mochila às costas e passo solto. Hoje  de manhã fomos proibidos de entrar na sala e, francamente, foi muito melhor! Entrou pela mão da auxiliar C. e não olhou para trás.
O meu sorriso é de orelha a orelha!

O Colégio - dia III

Hoje o meu coração ia mais pequeno. Apesar de a Rosarinho ter ido novamente muito bem,e até ter ficado melhor que ontem, sem chorar, apesar de ainda ter chamado por mim à saída, o meu coração ficou todo o dia reduzido à miníma expressão.
Pensava que não lhe tinha dado beijinhos suficientes ou prestado toda a atenção naquele meu esforço de deixá-la estar naquele espaço que é a sala nova em modo independente, sem pedir coisas a mim e a interagir com as outras crianças e não a brincar ou desenhar comigo.
Depois de ontem ter sabido que tinha chorado uma vez porque uma outra menina a empurrou nos cabides (que terás tu feito, Maria do Rosário?...), logo ao segundo dia, eu estava a desejar enchê-la de mimo. O dia para mim passou devagar por me ter apercebido que agora, e apesar da presença das educadoras e auxiliares, é ela que tem que gerir e resolver os seus conflitos, sozinha. Há algo que se torçe em mim...
Mas a final, o dia passou-se muito bem para ela! Mais um dia "xi-xi zero", comeu, dormiu, tudo certinho.
Brincava tanto no fim do dia no recreio que demorámos bem mais de meia-hora a tirá-la de lá e veio sob protesto! 

O Colégio - dia II (parte II)

"Tudo óptimo! Hoje já bebeu o leite!" Disse a M. mal chegámos. Pelos vistos aquele chorou da saída passou rápido e nem perguntou por nós (again...sem comentários!).
Estava tão satisfeita no recreio. O que corria, e pulava, e entrava no comboio e na casa e trepava ao escorrega. E ao segundo dia já subia escada de corda! Já a ponte de corda, dizia-nos: "A ponte, não, a Rainho pode cair..." É melhor, assim, é.
Outra evolução: ao contrário do primeiro dia, já não fez xi-xi na sesta, proeza ainda não ainda não tinha sido conseguida em casa. O colégio faz maravilhas!

O Colégio - Dia II

De manhã chegou super entusiasmada. Sempre a pé até à infantil, muito satisfeita, a parar mil vezes para apanhar todas as pedrinhas, folhas e paus que encontrava pelo caminho (sai à mãe - adorava fazer o mesmo!). Com os paus e as pedras, fingia que jogava golf (obrigada tio J., aqui a  culpa é toda tua) e mais cinco passos até à infantil. Uma corrida pela sombra e lá chegámos. Por a mochila no cabide, vestir o bibe, entrar na sala. Ao segundo dia já parece uma rotina. Como é que é possível?
Lá estivemos meia-hora na sala outra vez a vê-la brincar e entreter-se com tudo. Das primeiras coisas que fez foi ir buscar os lápis e um papel, e sentar-se com os seus rabiscos. Pior foi quando outros chegaram e se sentaram. Quer sempre o lápis que os outros têm e por ela, tira-o aos outros, na maior. Rosarinho, o colégio estava mesmo a fazer-te falta!
Desta vez, chegavam mais crianças e mais choraram. Estava tudo um pouco mais confuso, e quando tivemos que sair, expulsos pela M., chorou um pouco e eu ouvia atrás de mim "mããããeee!". E o coração aperta!....  

Colégio, dia I - parte III

Em casa, enchemos a Rosarinho de perguntas! Se gostou, o que fez, se leu histórias, se dormiu, etc.
Feliz da vida, dizia-nos que sim, que sim e que "fez, xi-xi na sanita, lavou as mãos e a boca!" A casa-de-banho em miniatura foi um sucesso.
Soube-nos também contar que não quis o leite, que queria água.
Mas o sucesso total foi o comboio do recreio! Não sei quantas vezes ouvimos falar no "cóboio"... E dizia, "amanhã há Colégio!"
"Claro que sim, amanhã há colégio, o pai e a mãe vão trabalhar e a Rosarinho fica no colégio com a M. e os outros meninos."
Silêncio.
"Não, não! 
A mãe fica no colégio. O pai vai trabalhar!"
Hum... Pois, Rosarinho...claro que sim... 

O Colégio - Dia I (parte II)

Foi um sucesso. 
A Educadora M. disse-nos que passou o dia lindamente! o primeiro comentário foi: "É uma despachada!"
Comeu, dormiu, brincou, não perguntou por nós uma só vez (estou a pensar se goste mesmo desta parte...).
Só ao lanche embirrou que não queria o leite. Nem simples, nem com chocolate. Queria água e água. A M.: "Oh, Rosarinho, água é na sala, aqui bebemos o leite.". Resposta: "Não qué."
"Ela é assim, não é?" Dizia-nos a M. a fazer o gesto de um gancho com os dedos. É sim, é, sim....
"Mas também é bem apanhada!" O que eu me ri com esta!... É muito bem apanhada e gozona. Faço ideia o que deve ter sido por lá...
À saída, já não queria vir embora. Yei!

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Colégio, dia 1

Há meses que a Rosarinho fala no Colégio. Desde a operação de charme que promoveram em Junho, em que teve direito a balões (enorme paixão da minha filha), pipocas, um mimo, e os acrescidos escorregas, comboio e baloiços, que a Rosarinho ficou a achar que aquele era o melhor parque infantil de sempre e não falava noutra coisa. Sem incentivo nosso (não era preciso), de vez em quando lá vinha um"qué ir para o colégio."
Ontem foi o dia.
Ontem foi o primeiro dia no Colégio. Claro que o antes para ela foi indiferente, não fazendo grande ideia do que se ia passar, ainda que há uns dias fossemos falando no assunto, até porque, desde fim de Junho que, entre os avós todos e os pais, esta menina tem andado sempre de férias, longe das rotinas. 
Arrumámos a mochila, com as roupas, chucha e um boneco. E de manhã, saímos para o Colégio.
O meu coração era mesmo uma ervilha desde o dia anterior. Andei sempre confiante de que a adaptação dela ia ser óptima, até porque já conhece o ritmo, mas no dia antes, o medos vieram todos de chofre. E porque está mais velha, com mais consciência, e porque não conhece ninguém, e porque está há "demasiado tempo" connosco, e porque a quem é que ela vai pedir o que precisar, e se não dorme, e se faz xi-xi, and so on...
Mas ao entrarmos o portão do Colégio lembrou-se logo do sítio e deslumbrada, só se ouviu no banco de trás do carro: "aaaaaah..........o colégio........" Ok, pensei, talvez deva começar a descontrair!
Andou sozinha até à infantil, sem querer a nossa mão, subindo degraus e apanhando folhas e pedrinhas que encontrava pelo caminho. E assim que chegou à sala dela, entrou que nem uma seta para brincar com todo o mundo de brinquedos que lá estavam. Assim que conheceu a educadora M. sorriu-lhe e e disse: "a Rainho vem p'o colégio." Brincou, brincou, e meia hora depois, quando viemos embora, quase não quis saber que saíamos. Deu-nos um beijinho e ia já para brincar de novo. Quando saímos mesmo a porta, ainda veio a chamar por mim. A M. agiu rápido, distraiu-a e já não ouvimos mais nada. Ufff....    

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Prontas!

Já tem a mochila, o saco da ginástica. O equipamento. E os bibes azuis! Estamos prontas para esta segunda-feira! :)

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Ainda na saga dos xi-xis

Depois de mais acidentes de percurso e das inúmeras repetições de todos, em casa dos avós, também a Tia Leta, se juntou ao discurso:
- Rosarinho, tens que fazer o xi-xi na sanita, para ser uma menina bonita!
Resposta pronta:
- A Tia Leta não é minha mãe! 

Então? Já a formiga tem catarro??

Tenho dito!

Rosarinho com a avó Gracinha. Ritual da hora da sesta: Luz apagada e avó sentada no sofá ao lado da cama.
- Rosarinho, já chega de histórias e de brincadeira na cama. Agora tens que dormir, já estão os meninos todos no ó-ó...Eu também vou ficar aqui para descansar.
-...Oh, avó. A avó hoje não fica! Não "pexisa".
Prontinha para continuar na brincadeira...


sexta-feira, 13 de julho de 2012

Não faz mal

Ao meu colo, distraída a ver os anúncios na televisão, e eu nas meiguices da noite:
"Rosarinho, dá um beijinho à mãe..."
"Hum... não!" a fingir-se amuada, cruzando os braços, de volta à televisão.
"Oh, a mãe fica triste..."
Passa-me com a mão bolachuda da bochecha e diz "oh, mãe não faz mal. A Rainho não está zangada!"
Mas o beijoo? Nada! De volta à televisão.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Férias parte I

A Bolinha já anda a gozar férias. Mas é só mesmo a Bolinha, porque nós ainda trabalhamos até aos começos de Agosto e a Avó Gracinha ganhou uns trabalhos dobrados!
Está na Vila a gozar as férias, como já eu fazia, por esse tempo indeterminado que era o Verão.
Podia ter ficado, cá, sim, podia. Podia ter ido para a praia com o infantário. Mas esta mãe galinha ficou logo a matutar nas praias e no mar e nos perigos, e ainda é muito bebé, e se se perdem, e se alguém os agarra e os terrores todos de não ter a cria debaixo de asas. Cheguei à conclusão que a extensão das minhas asas não vai para lá das Avós!...

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Ultimo dia de escola

Chegou o dia da festa da escola, e este foi mesmo o último dia para a Rosarinho. Vai deixar este infantário, começando em Setembro no Colégio e no entretanto começa já as férias.
E hoje juntou-se tudo: último dia neste infantário onde adorei tê-la, por todos os motivos (pelas instalações, pelos cuidados, pela educação já incutida, pelo que aprendem, pela alegria que a Rosarinho sempre teve em lá ficar e as saudades que tinha quando não podia ir - há melhor notícia para uma mãe?); a "actuação" da pequena, em palco, com musicas ensaiadas e tudo o mais; e um ataque de nostalgia e melancolia e de sentimentos contrários por a ver crescer.
Deu-me para a lágrima e tudo, teimosa, a querer deixar-me mal todo o santo dia!
Mas foi uma despedida fantástica! Vê-la com os amigos, vê-la em palco, vestida de capuchinho vermelho (que doce!!!) a dançar em rodinha (fotos em breve!).
Mas o melhor estava para vir, pois no meio da plateia, a minha bolinha conseguiu descobrir-me, assim de caras (é certo, eu também não estava longe!), mas o ar de surpresa quando me vê!! E pára o espectáculo, vem lançada para a frente do palco de dedo estendido a olhar para as outras, com ar de espanto absoluto "é a mina mãee! é a mina mããeeeee!". Julguei que saltava para o chão. E eu a fazer sinal para continuar a dançar. E uma amiga mais velha que a agarrou para continuar a dança, mas sempre, sempre a rodar a cabeça para mim e a dizer "a mina mãe!".
Mas, final de cena. Cortinas fechadas. O espectáculo continuou com outras peças, até ao grand final, a música e o hino do infantário. Abrem-se as cortinas, uma carrada de míudos em palco, fardados, sorridentes e... a Rosarinho, mesmo ao meio, primeira fila, a soluçar de choro, "a-mi-na-mã-e-e-e"! E não parava, e eu com uma vontade de a ir buscar que me matava, e a musica e o hino que não acabavam. No balanço, mais três ou quatro, começaram a chorar também e o espectáculo estava feito!...
Assim que acabou, foi ver os pais a correr para ir buscar a criançada, nós incluídos!
Lá trouxe a cria, e a festa continuou com o lanche e as rifas e todos os sorrisos do mundo. Ufa, que dia!

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Dois Anos e Meio

E hoje, dois anos e meio! Sempre que passa um marco temporal me parece incrível o quanto já cresceu, como o tempo passou e vou morrendo de saudades do que já fica para trás, ao mesmo tempo que me delicio só e olhar para ela...

Hoje foi mais um desses dias, acrescido de um momento especial e daqueles que vai ficar na memória, feito da primeira visita ao futuro colégio dela e que foi também o meu. Uma fotografia, uma visita às salas e um recreio enorme cheio de outras crianças, escorregas, casinhas e todos os entretens que a Rosarinho adora, incluindo balões. 

Correu de brinquedo em brinquedo, dava gritinhos de excitação (mãããe! uma casaaa! mãããe, um comboioooo!), entrou em todas as salas, brincou com outros meninos, e fez uma birra tamanha quando tivemos que vir embora. No carro, todo o tempo repetia em tom de choro: "o co-lé-gio...,o co-lé-gio...". Eu, mãe, me confesso, esta birrinha só me fazia sorrir!    

Cumprir as regras

Que a Rosarinho cumprimente toda a gente e se despeça das pessoas com quem está é para nós um ponto importante na educação, que se faz de pequenino, acreditamos.
Mas não sair da sala do infantário sem ir dar um beijinho a todos os amigos?? Não sei se já não será um pouco "excesso de zelo"!

Ai, a minha bebé..

Ainda ontem à noite, depois de se deitar, pela primeira vez chamou e pediu para para ir à sanita fazer xi-xi. Claro, claro, pensei, belo pretexto para sair da cama mais um bocadinho, mas vamos lá. Mas, chegou à sanita e, como lhe tenho dito, fez força na barriguinha, muito concentrada e fez mesmo um belo e pequenino xi-xi! Teve direito a palma, exclamações, uma grande festa à altura do evento e uma estrela, uns autocolantes fantásticos que lhe demos e que colocou orgulhosamente ao peito!

 E hoje de manhã acordou e a primeira coisa que disse foi que queria ir à sanita! Bom, sem sucesso efectivo, é verdade, a fralda da noite estava cheia que só visto. Mas contou a intenção, certo? A minha bebé a crescer... 

Lobo mau?

Ontem, no parque infantil com o Pai, a fazer uma boca muito grande, a correr atrás de um pombo e a dizer: "Vou-te comeeer!...."

quinta-feira, 17 de maio de 2012

As artes

De manhã. Cedo. Já vestida e arranjada para sair, eu e o Pai a despacharmo-nos. "Paiii. Paiii, depexa, pai, tá a pintaie." Ouvi uns segundos de silêncio e resolvi espereitar para dentro do quarto. Um lápis de carvão que me esqueci de recolher e uma parede do quarto cheia de rabiscos... Fugimos os dois. Para conseguir rir sem dar parte fraca!...

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Noites difíceis

Se bem que não nos podemos queixar das noites da Rosarinho, este é um tópico sempre presente em qualquer conversa de mãe. A verdade é que basta uma noite mal dormida para transtornar o dia, ficar um pouco traumatizado. A privação do sono dói!
Até aos dois anos tivemos noites quase santas, adormecer não era um problema, a Rosarinho ia para o quarto sem qualquer manifestação de protesto, muitas vezes pedia a cama e até nos dizia adeus quando apagávamos a luz e saíamos, simplesmente, do quarto.
Agora a consciência já é outra e a vontade de brincar e estar connosco também. O sono parece não chegar nunca e a menção de "caminha" tem como resposta "não quer!" É preciso distrair, é preciso inventar, é preciso inovar para convencê-la a entrar no quarto. Depois temos um ritual muito rígido, com uma história ao meu colo, contada na cadeira do quarto, e um candeeiro acesso. Depois, uma segunda história. Esta é na cama, sentada, com todos os bonecos que se lembra igualmente sentados ao lado dela. O Mickey, o coelho, o urso, e Emília... No fim da história, apago a luz, com protestos, fica com o livro na mão e tenta ainda "lê-lo" naquele semi-escuro que fica no quarto. Já eu, não posso sair do quarto, tenho que ficar na cadeira. 5 minutos, 10 minutos, 15 minutos. Vou tentando sair, mas quando tento lá vem choro, mimo e mais protestos. Sento-me outra vez e lá tento sair cinco minutos depois... às vezes consigo, porque o sono tem mais força que o mimo. Outras, chora, mas lá vai ficando.
Mas, a conclusão de que estávamos mal habituados, não resulta só daqui. Acordar a meio da noite, 4h00/5h00, com gritos, passou a ser um cenário quase diário. Andava eu aqui a matar a cabeça a julgar serem pesadelos, tinhamos limitado mais um pouco o acesso ao que vê na televisão, até que a tia S. me pergunta: "ela tem luz de presença?" Obrigada, tia S. hoje voltámos a por luz de presença (que querem, nunca foi precisa!), e percebi que acordou pela mesma hora, manifestou-se um bocado mas adormeceu em seguida e eu nem precisei levantar-me, quanto mais lá ficar na cadeira do quarto o resto da noite!   

Beijinhos

Começaram os beijinhos. Agora que aprendeu a dar beijinhos como devem ser temos direito a beijinhos a torto e a direito. Agarra-nos na cara com as duas mãozinhas, ainda bochechudas, e, a rir, com ar de malandra, lá vem uma beijoca repenicada na bochecha! E é tãããooo bom!...

quarta-feira, 18 de abril de 2012

O Mickey.

Acho que ainda aqui não falei no Mickey. É a adoração da Rosarinho, seja ele nos episódios da Casa do Mickey, ou o boneco em peluche. Destronou a Emília, a Abelha e cheira-me que também destronou a Minnie...

"Não mexe!"

Palavra de ordem lá em casa. "Não mexe", dito pela Rosarinho. Sempre que tenho que sair da sala, ou me levanto da mesa, ou quero vestir-lhe um casaco, ou arrumar um brinquedo... "Oh mãe! Não mexe!"

Cantarolar


E o que canta?! É o dia inteiro a cantarolar. Joana come a papa, a linda falúa, o balão do João e a bola do Manel, era uma vez um cavalo e o papagaio loiro! Uma de cada vez, em modo contínuo, ou a rapsódia completa, em versão original ou com a melodia certa e a letra inventada.
É mesmo uma preferência nas brincadeiras, e muitas vezes assume mesmo uns decibéis elevados. Se bem que pela afinação, que sai igualzinha à da mãe, acredito que não será um futuro a acautelar...

quinta-feira, 22 de março de 2012

Britinha!

E hoje oficializámos a matrícula! A partir de Setembro a Rosarinho vai vestir um bibe azul bem meu conhecido! Estamos, os pais, muito babados, super contentes com a admissão, eu, orgulhosa e quase emocionada (não é quase - é emocionada mesmo...!) e mal espero vê-la a caminhar, a crescer e a aprender pelos mesmos corredores por onde andei por um tempo que, ainda hoje, me parece ter sido quase a minha vida toda.
Que aí sejas ainda mais feliz do que eu fui, que cresças mais, aprendas mais, que rias mais, que sonhes mais!
Nós, pais, faremos tudo por isso.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Dias em cheio

Não há como o Sol e os dias maiores para começar a encher os dias de coisas boas! É verdade que encontro sempre aspectos bons nas estações do ano, tempos e tarefas novas para aproveitar e realizar. E sempre chego com vontade de mudar às estações novas. Esta Primavera que ainda nem chegou, parece já Verão e este fim de semana já deu para aproveitar aquelas pequenas coisas que já se sentem saudades.
Demos assim início às 6ªs feiras de gelados!

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Dormir é tão bom...

Dormir passou a ser um ritual de mimo.
Se antes nos dizia adeus enquanto encostávamos a porta, agora é sentar na cadeira do quarto, com a fraldinha encostada à cara, pedir uma história que vou inventando, já com a luz apagada, a chucha na boca até que pede "caminha". Depois de se deitar ainda espreita pelas grades umas duas ou três vezes para ter a certeza que não me fui embora.
A sesta é muito mais difícil, e, em casa, agora contam-se mais as vezes que dorme a sesta do que as que não dorme... Hoje, adoentada, ficámos em casa e fazê-la dormir a sesta foi à quarta tentativa, com festas na barrriga, primeiro em pé, depois sentada, até que pediu para a tapar e o sono chegou. E até agora, ficou.
Saí pé ante pé, e fiquei aqui a lembrar-me da boa sensação que era aquela de adormecer com alguém sentado na cadeira ao lado...

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Interpelada pela polícia

Há uns dias, foi o pai buscar a Rosarinho ao infantário, e eu tinha ficado a trabalhar até mais tarde. Resolveram, então os dois ir buscar-me e, já os três, a caminho do estacionamento do carro, atravessando o Rossio, paramos na passadeira à espera que o sinal ficasse verde para peões. Na estrada, à espera também de sinal, parou à nossa frente um agente da polícia na sua, grande, mota branca. De capacete e óculos escuros o polícia sorriu à Rosarinho que estava ao meu colo que, feita charmosa, sorriu mas escondeu a cara no meu ombro. Sem mais, o polícia sobe o passeio com a mota, pára no passeio, desmonta e, tirando as luvas, diz "Por favor..." e aponta para a mota. Como nós, pais, ficámos meio sem reacção, o polícia tornou a ordem mais clara e repetiu: "Por favor... pode po-la na mota!".
Ai, Rosarinho, nem sei que diga!... Que pena que não tirei uma foto!

Feitio de malandreca

"-O lenço da Minie, mãe.
 -Não é lenço, filha, é laço.
 - Lenço.
 - La-ço.
 - Lenço.
 - Laço.
 - Lenço.
 - Ok: lenço...
 - ... Laço!... ahahaha!"

domingo, 22 de janeiro de 2012

Dois anos e um mês

Vinte e cinco meses e parece-me que a aprendizagem se desenvolve em espiral. Novas capacidades e habilidades, palavras e frases todos os dias. Este fim de semana, andou de triciclo, daqueles evolutivos que servem para empurrar e ser empurrado, e vi que chegou a altura de por mesmos os pés a mexer e passar ao pedal; sentou-se à nossa mesa às refeições, sabendo sempre que se não fica sentada só pode estar de joelhos na cadeira, nas nossas cadeiras, e para pedir o pão, ou a água, se diz "pu favô"; passeou num mercado ao livre enquanto comia uma maçã acabada de comprar a um produtor e meteu as mãos no tabuleiro das azeitonas de uma vendedora. Contou histórias, sozinha, e sabendo a história de cor, ao invés de ser o avô F. a contar foi a Rosarinho que nos contou a história, do Autocarro Mágico, várias vezes com as expressões e vozes com que ouve o avô contar. Dormiu bem à noite e mal as sestas e ainda quer o biberon à meia-noite. À vinte e cinco meses...

Saudades

Saudades das noites em que ia para a cama e se despedia de nós com um adeus, atirava beijos para o ar e enrolava-se nos lençóis, de rabo para o ar e, simplesmente, dormia. Agora é uma dor. Desde que começo a dizer que está na hora de ir lavar os dentes, as mãos, mudar a fralda, que se ouve um não temeroso, quando insisto para arrumar os brinquedos, os olhos começam já a ter lágrimas e, depois, é chorar, com as lágrimas a rolar, de pé, na cama e a chamar mãeeeeeee, enquanto hesito entre afastar-me logo, resoluta e calma, ou dar mais um mimo, um beijo, uma festa.
Começou uns dias antes dos dois anos, recordo-me de começar a notar a diferença em pequenos pormenores da rotina. A resistência tem aumentado e, se ainda não posso chamar uma guerra à hora de dormir, felizmente, o que me parte o coração é deixá-la chorar.
Eu sei, eu sei, ela chora durante cinco minutos, mesmo, contados no meu relógio, mas o que me doem esses tantos minutos! E depois desses minutos, as horas do dia em que ando a pensar se não estou a ser um coração de pedra por deixá-la assim, na cama, sozinha, no escuro, a chamar por mim, por companhia, por mimo. Depois ouço a voz da consciência e da razão, que é o pai, e que relembra, que ela não tem fome, não tem frio, tem mimo e amor durante todo o dia, está num quarto quente e confortável, não está deixada no escuro, mas aconchegada, confortável, com a porta entreaberta para nos ouvir e ver uma luz de presença. 
Então porque é que continuo a perguntar-me se é este o caminho, deixá-la na cama, mesmo que a chorar por um bocado, ou se devia ceder à escravatura do mimo e ficar a dar colo, sob pena ser raptada todas as noites, como os meus pais, que reclamam não ter dormido durante três anos porque eu sempre adormecia ao colo e sempre acordava quando me punham na cama? Porque é que então me pergunto se não estarei a embarcar em modas pedagógicas? Pode ser o melhor, sim, pode ser que não deixe os traumas que eu fico a imaginar que podem ficar, e, sim, vou persistir. Mas vou sob protesto! Ensinem lá uma mãe a negar mimo à sua cria e não ficar para morrer com o coração do tamanho de uma ervilha?...     

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Natal - quase no fim

Natal até aos Reis. Mas sinto a nostalgia e o vazio desta pós-época de festas. Este ano especialmente cheia, com os dois anos da Bolinha, a Consoada, o Dia de Natal, os anos do avô F. e a passagem de ano, tudo  menos de 10 dias. 
Foram muitos os planos para aproveitar estes dias e muitos ficaram pelo caminho, prontos a serem reciclados para o ano que vêm. Mas no meio da agitação constato o quanto cresceu. Cresceu em tamanho, disso não à dúvida, mas também a linguagem desenvolveu-se bastante, o raciocínio desenvolto, atento e muito curioso. Alegria, sempre muita alegria! Corre, ri, aprendeu a saltar e a cantar. E canta muito...!  Adora a família toda e as tias que andam sempre a visitar e a mimar. Chama por todos quando alguém toca à porta porque agora o bom mesmo é estar sempre em festa. De preferência com mais pejentes!