sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Dodots "talla" 2

Foi anteontem que tive que me render às evidências. Num misto de nostalgia e orgulho abdiquei das fraldas "talla"1 de recém-nascisdo e passei ao pacote "talla"2. Fraldas maiores em que até o desenho do elefante na frente da fralda tem um aspecto mais crescido... Fazer o quê? A minha bebé já não é um recém-nascido!
Estava ainda em fase de negação que, diga-se, começou logo na 3a semana quando os primeiros babygrows tiveram que ser colocados, lavados e bem dobrados, com aquele cheirinho a bebé, numa arca branca, de palhinha, à espera de uma outra opotunidade para serem usados.
Desde então tem sido um acumular de bodys, calcinhas, pijamas e afins, todos muito rosa suave, beje, brancos e mimosos, na respectiva arca.
A Rosarinho já encaixa na banheira, toda ergonómica e tal.
A Rosarinho, ontem, já deixou as inúmeras variantes do som "ahhh" e olhou para mim e "disse" muito convicta: "pu"!
Foi logo nas primeiras duas semanas de vida que muitos me diziam para aproveitar bem, que esta fase passa tão rápido e que cedo chegam as saudades.
Achei então que compreendia mas percebo agora que não apreendi todo o alcance do que me parecia, de algum modo, "clichés", sentidos e bem intencionados, mas clichés.
Achei que essa sensação demorava mais a aparecer, que os bebés se mantêem durante muito tempo bebés.
Mas percebo agora que, ao mês e 22 dias, já algumas fases passaram. E aquela fragilidade total dos primeiros dias, aquele desconhecimento e choque com o mundo que um recém-nascido traz, já ficou um pouco lá atrás no tempo recente.
O primeiro mês foi uma época algo nebulosa, sinto que passei a maior parte do tempo de olhos semi-cerrados. Tanto metaforicamente, porque a inexperiência era total e tudo fiz apoiada no instinto, a que alguns chamam bom-senso, como literalmente, os olhos fechados de sono e-barra-ou, de choro.
Acho que por isso lamento passar à "talla 2"... O que lamento verdadeiramente, este pózinho de nostalgia que fica por trás do imenso orgulho reside apenas e tão-só num querer impossível de voltar o tempo um pouco atrás e revivê-lo com um pouco mais da calma adquirida...

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