terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Não foi nem de propósito que hoje estivemos a rever as filmagens da Bolinha desde que ela nasceu... E que hoje percebi verdadeiramente o que se passa com um recém-nascido. Não é só o ser pequeno e frágil, e dependente de nós. O que os torna diferentes, e a nós, é o facto de nascerem assustados. não é bonito, mas é verdade... Tudo é novo, e diferente. De um meio líquido, passam para um ambiente gasoso, da quase ausência de som, para uma cacafonia, da luz ténue, para a agressividade dos candeeiros e néons que proliferam logo no hospital, da temperatura ideal, para o frio e para o calor. E é aqui que o instinto age, porque eles nada percebem, e, então, logo procuram o único som que conhecem, o bater do coração da mãe, e se enroscam no nosso peito, sobre o lado esquerdo, com o ouvido encostado. E choram porque é a única maneira que têm de tentar comunicar connosco.
E é tão bom estar lá nesse momento e dar aquilo que eles mais precisam, colo e muito mimo... Alimentados e aconchegados é o mimo que os aquece, que os acalma.
Hoje soube de uma história que me chocou... Uma gravidez escondida até ao fim do tempo. Um bebé que nasceu numa casa de banho. Uma mão divina que fez aparecer alguém antes que o pior acontecesse. Mas uma mãe que rejeita o filho... Que diz que não o quer. E eu penso que naquele bebé, sozinho, assustado, e que não encontra naquele colo o conforto que tanto precisa.
O pior é que esta não é uma história longínqua... é uma história real e próxima...

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